Com o aumento das temperaturas os pequenos têm maior exposição solar, mais transpiração e modificações na dieta. Por isso, é fundamental conhecer os riscos próprios do verão e proteger-se para, assim, aproveitar o melhor dessa época do ano.
“Crianças são grupos de risco independente de sua idade: os menores por uma dependência de mais cuidados, enquanto as maiores pelo ritmo do desenvolvimento e busca de independência. Assim, não há idade em que os cuidados e atenção da família possam ser dispensados, pelo contrário, a atenção familiar é essencial sempre”, explica o pediatra e membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Primeiros Cuidados da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Dr. Moises Chencinski.
Como proteger a pele?
Fique atento à idade e aos cuidados que cada fase demanda. Dessa forma, casos agudos de queimadura e insolação são possíveis prevenir, assim como quadros crônicos consequentes da exposição solar exagerada e desprotegida.
“Abaixo dos seis meses de vida, pelas características de pele, não se recomenda o uso de protetor solar. Logo, é importante manter o bebê longe do sol direto. Após essa fase, o uso de bloqueador deve ser o de fator 30. Opte pelo uso de roupas leves e chapéus, assim como permanecer nas áreas de sombra o máximo possível”, recomenda o pediatra.
O foto bloqueador deve ser aplicado 15 minutos antes da exposição solar, com a repetição do processo a cada duas horas ou após imersão na água. Dê sempre preferência aos produtos em creme ou bastão; em aerosol requerem cautela e, ainda assim, somente após os dois anos.
“Entre outras questões de pele que aparecem pelo excesso de exposição solar e à umidade, podemos citar as brotoejas, as micoses e infecções de pele, como impetigos e piodermites. Ao sinal de qualquer alteração, entre em contato com o pediatra e não se automedique”, alerta o Dr. Moises.
E com a alimentação, qual cuidado deve ter?
As férias escolares, em geral, provocam mudanças na dieta alimentar. Isso acontece por diversos fatores, como a mudança de horários e a oferta alimentícia característica de praias e clubes. Somado a isso, uma alimentação mais liberada em decorrência das festas de fim de ano pode demandar maior atenção com os alérgicos e obesos.
É importante dar preferência aos alimentos frescos, que contenham muito líquido e vitaminas, pois auxiliam no bom funcionamento do intestino e fazem bem para a pele. É indicada a ingestão de, pelo menos, quatro porções de frutas para as crianças diariamente. Evite sempre as gorduras, frituras, salgadinhos e doces, que possuem difícil digestão e baixo valor nutricional.
“Não é raro que até as crianças ganhem de 2 a 5 quilos nestes dois meses de férias. Normalmente, estas mesmas crianças levam de 4 a 6 meses para perderem esse peso, tentando reconquistar sua confiança e autoestima”, ressalta o Dr. Moises.
É importante também ter atenção especial para a conservação dos alimentos. Segundo o pediatra, condições inadequadas de armazenamento são as razões mais comuns para quadros de diarreia, vômito e, consequentemente, desidratação.
“O verão ainda exige muitos outros cuidados com os pequenos. Os pais e responsáveis devem estar atentos para que as crianças não se percam nas praias e não corram o risco de afogamento em piscinas sem proteção. Assim como, ao viajar de carro, utilizar a cadeirinha corretamente e estar sempre com a carteirinha de vacinação em dia”, destaca Dr. Moises.
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Texto escrito pela assessoria de imprensa da SPSP.
Publicado em 29/01/2015.
photo credit: Ben_Kerckx | pixabay.com
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