Valores do índice de massa corpórea e circunferência abdominal estão relacionados a elevado risco cardiometabólico em escolares com idade de cinco a dez anos

Valores do índice de massa corpórea e circunferência abdominal estão relacionados a elevado risco cardiometabólico em escolares com idade de cinco a dez anos

Texto divulgado em 30/01/24


A obesidade infantil vem apresentando um aumento exponencial nas últimas décadas, no mundo e no Brasil. Ela está associada a hiperinsulinemia, dislipidemia, hipertensão, apneia do sono, problemas ortopédicos, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Assim, é importante o diagnóstico desta situação ainda da infância para que ela seja abordada. No entanto, a obesidade infantil e o risco cardiometabólico são pouco estudados em crianças brasileiras. 
Um estudo publicado na Revista Paulista de Pediatria avaliou a frequência do risco cardiometabólico em crianças de 5 a 10 anos.

Os autores avaliaram 639 crianças e calcularam o risco metabólico considerando os valores do índice de massa corpórea (IMC), circunferência da cintura (CC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), glicemia, triglicérides e colesterol total.  O risco cardiometabólico foi considerado presente quando a CC foi maior que o percentil 80, para o sexo e idade, e a criança apresentou pelo menos duas alterações metabólicas: glicose (>140mg/dL), triglicérides (>100mg/dL), triglicerides (>170mg/dL) e PAS e PAD (>=percentil 90). Os resultados mostraram que crianças com CC acima do percentil 80 apresentaram com maior frequência alterações dos níveis de glicose, triglicerídeos e co lesterol total. O risco metabólico esteve presente em 6,0% das meninas e 9,9% dos meninos. 

Essa pesquisa mostra a importância de avaliarmos o risco cardiometabólico das crianças brasileiras, possibilitando uma abordagem precoce, minimizando, assim, as doenças crônicas na fase adulta.

Confira o estudo “Body mass index and abdominal waist values are related to increased cardiometabolic risk in schoolchildren aged five to ten years” publicado na Revista Paulista de Pediatria, acessando o PDF.