Relator: Dr. Joel Schmillevitch
Presidente do Departamento Científico de Diagnóstico por Imagem da SPSP; Membro do Grupo de Fígado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Diretor do Centro de Diagnósticos Schmillevitch, São Paulo, SP.
A avaliação de crianças com infecção urinária, com métodos de imagem, inicia-se com a ultrassonografia das vias urinárias, por tratar-se de método não invasivo, de baixo custo, e com boa aceitação pelas crianças.
O exame de ultrassom pode demonstrar anomalias na arquitetura renal que predispôs a infecção tais como uropatia obstrutiva e anomalias congênitas.
Na pielonefrite aguda o rim pode apresentar aumento do pólo renal comprometido, aumento da ecogenicidade e diminuição da diferenciação cortiço-medular. O Doppler colorido pode demonstrar diminuição da vascularização na área infectada.
As complicações, tais como abcesso, pionefrose podem ser caracterizadas.
O abcesso renal apresenta imagem típica, como massa complexa (áreas líquidas e debris) com fluxo periférico.
Na pionefrose, verifica-se dilatação calicial com áreas liquidas e debris.
Crianças com pielonefrites agudas por fungos podem apresentar múltiplos microabcessos no córtex renal, interstício e túbulos, com aumento difuso da ecogenecidade renal e aumento nas dimensões dos rins.
Nos casos com sequelas, o rim pode apresentar crescimento menor que o esperado em relação do rim controlateral e cicatriz, identificada com área cortical com menor ecogenicidade.
Texto publicado em 06/09/2011.