SPSP – Sociedade de Pediatria de São Paulo
Texto divulgado em 24/04/2018
A dedicação de um grupo de especialistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) levou o trabalho “O uso do mel de abelha associado ao Ananas comosus no tratamento da tosse irritativa aguda”, publicado no final de 2016 na Revista Paulista de Pediatria, a ser incluído na Revisão Cochrane.
O trabalho teve como objetivo avaliar a taxa de melhoria imediata da tosse irritativa em pacientes tratados com associação do extrato do Ananas comosus em mel de abelha e compará-la com o uso isolado do mel. Os dados revelaram que as taxas de melhora foram similares entre os grupos levando os pesquisadores a concluir que é possível que haja um efeito terapêutico do mel nas características do muco e da tosse.
Entre os critérios de inclusão de pacientes no estudo: crianças entre dois e 15 anos, com tosse irritativa há pelo menos 24 horas. Foram excluídos os pacientes com história prévia de doença pulmonar obstrutiva, fibrose cística, neuropatias, cardiopatias, diabetes e imunodeficiências primárias ou secundárias identificáveis. Os pacientes deveriam apresentar tosse aguda em decorrência de infecção viral de vias aéreas superiores, assim considerada pela presença de febrícula ou febre associada à coriza ou secreção, com duração inferior a 72 horas, sem apresentar broncoespasmo.
Os resultados do estudo mostram que em ambos os grupos houve redução do número de episódios de tosse, assim como do escore de tosse após 30 minutos de administração do medicamento ou do mel. A mudança do escore clínico superior a dois, que poderia indicar melhoria acentuada, ocorreu em apenas cinco pacientes do grupo com o extrato e em apenas um do placebo, ou seja, não houve diferença significativa.
Fizeram parte desse estudo os especialistas Décio Medeiros Peixoto, José Angelo Rizzo, Deborah Schor, Alverinda Rêgo Silva, Dinaldo Cavalcanti de Oliveira, Dirceu Solé e Emanuel Sarinho.
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