Sífilis congênita: com medidas corretas é possível reverter o problema!

Há 3 anos, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) tem promovido a campanha Outubro Verde com o objetivo de alertar toda a população de que a sífilis congênita ainda representa um grande desafio, com um aumento progressivo das taxas de transmissão vertical, mas que com estratégias de prevenção bem definidas e disponibilidade de tratamento é possível reverter o problema.

“A sífilis na gestante é facilmente detectada, basta um exame de sangue – o VDRL – que deve ser realizado no 1º, 2º e 3º trimestre de gestação. Se o resultado do exame for positivo, deve ser confirmado com outro exame e, então, iniciado o tratamento. Tratando a gestante conseguimos evitar a transmissão da doença para o feto”, explica a vice-presidente da SPSP, Dra. Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck.

A médica ressalta, ainda, que se a doença não for tratada durante a gestação, existe uma grande chance de contaminar o feto, o que pode trazer uma série de repercussões: óbito (ainda intrauterino), quadro de anemia, aumento de baço e fígado, icterícia, lesões de pele, entre outras consequências decorrentes da sífilis. “Vale lembrar que cerca de 50% dos bebês nascem assintomáticos e, se não for feito o diagnóstico logo após o nascimento, a criança poderá evoluir com sequelas, inclusive de ordem neurológica e também lesões auditiva e/ou nos ossos, irreversíveis. Mas, ao contrário, se esse recém-nascido fizer o tratamento adequado logo após o nascimento, durante 10 dias, conseguimos tratar a doença e evitar sequelas”, comenta Dra. Lilian.

Segundo o presidente da SPSP, Dr. Claudio Barsanti, a campanha Outubro Verde tem como objetivo conscientizar toda a população com divulgações sobre o risco da sífilis durante a gestação e o risco da sífilis congênita. “Precisamos informar a todos para reduzir a prevalência da doença. É preciso que médicos e profissionais da saúde atentem para o problema, assim como, especialmente gestantes, saibam sobre a importância da realização do pré-natal e dos exames sorológicos para sífilis e da necessidade de tratar, caso a doença seja diagnosticada”, alerta Dr. Barsanti.

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Publicado em 02/10/2018.

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