Texto divulgado em 30/01/25
A bronquiolite aguda viral, entra ano e sai ano, permanece como uma das principais doenças respiratórias nos primeiros anos de vida e muitas vezes se caracteriza como um desafio para pediatras que atuam em prontos-socorros e unidades de terapia intensiva.
Os autores deste estudo observaram o impacto das intervenções não farmacológicas (como o distanciamento social e o uso de máscaras) implementadas durante a pandemia da COVID-19 na incidência de hospitalizações por bronquiolite aguda.
Interessantemente, a incidência de bronquiolite aguda caiu drasticamente entre março de 2020 e agosto de 2021 (97% de redução). No entanto, após a flexibilização das medidas, houve um aumento significativo (95%), quase restaurando os níveis pré-pandemia, e resultando em um aumento geral de 16% em comparação ao período pré-COVID-19.
A restauração de um padrão sazonal em 2022 destaca a importância das medidas de saúde pública e da dinâmica das doenças respiratórias em crianças pequenas, reforçando o quanto a transmissão do vírus sincicial respiratório, principal agente etiológico, interfere diretamente na ocorrência de novos casos da doença.
A leitura desta pesquisa vale a pena pela importância de ações de educação em saúde e, especificamente, pelo conhecimento dos cuidados que devemos ter, principalmente com os lactentes, que ainda estão em período de maturação imunológica.
Veja esse estudo na íntegra, publicado na Revista Paulista de Pediatria.
Acesse o link: https://doi.org/10.1590/1984-0462/2025/43/2023203
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