Os pais sempre estão preocupados em relação à saúde de seus filhos e sempre se cobram em não deixar “passar” qualquer sintoma que possa significar uma doença grave.
O câncer é uma das doenças que mais causa temor em relação a isto, mesmo que hoje em dia exista um verdadeiro “bombardeio” de informações relacionadas a cuidados e alertas relacionados à doença. Mas apesar de tantos alertas e tantas informações, sempre fica a pergunta: quando preciso pensar em câncer? Quando preciso me preocupar que aquela queixa ou sintoma de meu filho precisa ser investigada sem demora?
Infelizmente, o maior problema é que muitos sintomas se parecem com outras doenças comuns e benignas da infância, e nem sempre é simples responder a essas perguntas.
Podem ocorrer algumas alterações, que podemos chamar de sinais ou sintomas de alerta, como os que se seguem:
- Quando a criança ou adolescente passa a se queixar com frequência de dor em membros, podendo a levar a diminuição das atividades diárias. Quando passa a mancar sem motivo aparente ou a acordar a noite com frequência por dor, principalmente se localizada nas costas;
- Quando passa a ter dor abdominal frequente, com diminuição do apetite, ou com aumento do volume do abdômen;
- Quando surgem gânglios (ínguas) que crescem e não doem, não são vermelhos e não aparecem junto com algum tipo de infecção (dor de dente, dor de ouvido, dor de garganta etc.);
- Quando tem dor de cabeça que atrapalha o dia a dia, associada ou não a vômitos (principalmente matinais) e/ou enjoos;
- Quando muda a forma de caminhar, passando inclusive a apresentar tonturas e perda do equilíbrio;
- Quando a gengiva passar a crescer sem nenhum motivo, chegando a cobrir os dentes;
- Quando passa a urinar com sangue vivo, sem ter tido um trauma ou infecção urinária;
- Quando surgem manchas roxas com frequência, sem associação com traumas, localizadas principalmente nos braços ou no tórax;
- Quando notarem (principalmente em uma foto) que o olho do bebê tem um reflexo como “olho de gato”.
Mas lembre-se sempre: o câncer é uma doença rara na infância e a melhor forma de reconhecimento precoce da doença está vinculada à sua observação e cuidados em relação à pequenas mudanças em seu filho. E o pediatra de confiança deve ser rapidamente procurado, para ajuda e esclarecimento.
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Relatora:
Dra. Maria Lucia Lee
Departamento Científico de Oncologia e Hematologia da SPSP.
Publicado em 15/10/2014.
photo credit: Daniela Spyropoulou | Dreamstime Stock Photos
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