A coluna Momento Saúde foi criada para que você possa ter informações rápidas sobre um determinado tema de relevância para a saúde das crianças e adolescentes, com textos curtos e de linguagem simples. Com uma postagem por semana, esta coluna será seu momento de dicas, alertas e cuidados.
O tema agora é:
aleitamento materno
Quanto dura uma mamada?
O bebê humano, ao nascer, é o menos apto a sobreviver quando comparado aos outros mamíferos. A teoria da exterogestação explica que o bebê ao nascer, após nove meses (38-40 semanas), não está “pronto” e se comporta como se vivesse ainda no útero materno: precisa de alimento o tempo todo, com intervalos muito curtos. Mamar a cada três horas é um sonho distante. Recomenda-se manter amamentação em livre demanda (LD), ou seja, oferecer os dois seios, quando solicitados. O bebê decide quanto ele precisa mamar.
Os seios são fábricas de leite e não reservatório. A maior parte da produção se dá durante a sucção. O leite anterior é o que mata a sede e hidrata, sai assim que o bebê suga; o leite posterior, que tem mais gordura, sai após a troca de olhares, afeto, acolhimento e um pouco mais de tempo de mamada e é o que faz engordar e sacia o bebê.
Conforme o bebê suga, o leite sai e se alternam sucção e pausa. Muito leite significa mais pausas, menos esforço. Mamadas curtas e frequentes estimulam os seios, significando que o bebê mama mais vezes.
Nas primeiras semanas de vida, a sensação de amamentar o dia todo não é muito distante da realidade. Com o tempo, ainda em livre demanda, os intervalos aumentam e se regularizam.
A recomendação de todas as instituições envolvidas com a saúde da criança é que a amamentação seja em livre demanda, desde a sala de parto, e exclusiva até o 6° mês de vida, seguindo até dois anos ou mais.
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Relatora:
Dra. Isis Dulce Pezzuol
Departamento Científico de Aleitamento Materno da SPSP.
Publicado em 30/05/2018.
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