A coluna Momento Saúde foi criada para que você possa ter informações rápidas sobre um determinado tema de relevância para a saúde das crianças e adolescentes, com textos curtos e de linguagem simples. Com uma postagem por semana, esta coluna será seu momento de dicas, alertas e cuidados.
O assunto é:
atraso no desenvolvimento da fala: quando investigar?
Autismo e linguagem
A linguagem é o meio pelo qual os seres humanos estabelecem relações sociais, conexões emocionais e profissionais. O transtorno do espectro autista afeta primordialmente a capacidade de estabelecer relações sociais. Sendo assim, tanto a linguagem verbal quanto a não verbal (gestos, expressões faciais, entonação) estarão afetadas.
Os autistas têm uma comunicação ineficaz porque não conseguem adaptar a mensagem às necessidades do ouvinte e perceber as sutis informações não verbais, ironias, piadas. Podem adquirir e reconhecer o significado de muitas palavras, mas sua linguagem está limitada a significados concretos. Tendem a compreender a informação de forma literal.
Muitas crianças com autismo não desenvolvem a linguagem oral e quase 65% apresentam apraxia de fala (falha na articulação dos sons).
O diagnóstico envolve a diferenciação entre autismo e distúrbios de linguagem, onde a interação social também pode estar prejudicada pela dificuldade de entendimento da fala da criança.
A avaliação e reabilitação devem centrar nas necessidades comunicativas e sociais levando em consideração os ambientes da vida cotidiana do indivíduo: família, escola e trabalho.
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Relatora:
Dra. Sulene Pirana
Departamento Científico de Otorrinolaringologia da SPSP.
Publicado em 28/03/2018.
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