Manifestação do Presidente da SPSP, Dr. Mário Roberto Hirschheimer, por ocasião da abertura do evento em comemoração da XXIV Semana Mundial da Amamentação, no qual o tema central foi “Amamentação e trabalho – vamos fazer valer esta ideia!”, realizado no Auditório Luis Mussolino da Secretaria Estadual da Saúde, em 07 de agosto de 2015.
É com muita satisfação que a SPSP promove, junto com a Secretaria Estadual da Saúde, este evento.
Parabéns ao Departamento de Aleitamento Materno da SPSP, aqui representado pela Marisa, e à Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno da Secretaria da Saúde, aqui representada pela Roberta, por organizá-lo.
Se todas as crianças fossem exclusivamente amamentadas com o leite materno durante os seis primeiros meses de vida e continuassem a recebe-lo até os dois anos de idade, quase um milhão e trezentas mil delas poderiam ser salvas todos os anos e outras milhares cresceriam mais saudáveis em todo o mundo.
Os direitos da mulher trabalhadora que amamenta, na realidade não é um direito dela. Antes de tudo é um direito das cidadãs e cidadãos menores de dois anos de idade de serem saudáveis, como prevê o Artigo 227 da Constituição Brasileira, que estabelece ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, entre outros, o direito à vida, à saúde e à alimentação.
Para combater doenças consequentes à nutrição inadequada em crianças com menos de 2 anos de idade, a prática do aleitamento materno deve ser incentivada e protegida. Essa é uma atitude que resultará em benefício para todos, como a economia com medicamentos, exames e internações, e, mais ainda: a mãe que amamenta desta forma, dando-lhe carinho e proteção, importante fator para o desenvolvimento da inteligência emocional da criança, que aprende a regular as emoções em si próprio e nos outros e, desse modo, torna-se pessoa com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza que têm mais chances de obter o sucesso.
Para as empresas, para a sociedade e para o Estado, assegurar o aleitamento materno até os 2 anos de idade não é uma despesa, mas um investimento, pois promove a criação de cidadãos mais saudáveis e mais aptos para contribuir na construção de uma sociedade melhor.