Campanha Janeiro bronze – cuidados com as crianças no verão
O câncer da pele é o mais comum de todos os tipos de cânceres. Mais de um milhão de casos novos são diagnosticados a cada ano nos Estados Unidos.
O sol é a principal causa de 90% de todos os cânceres de pele – carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma.
Exposição solar constante e prolongada é o fator ambiental mais importante no aparecimento do câncer da pele e do fotoenvelhecimento.
Os carcinomas basocelular e espinocelular são as neoplasias mais frequentes da pele e estão intimamente relacionadas com exposições solares continuadas através dos anos em pessoas de pele clara. As lesões ocorrem quase que exclusivamente em áreas expostas, como face, mãos e antebraços, dorso e pescoço.
A tendência a desenvolver melanoma tem sido relacionada à exposições solares intensas com queimaduras solares dolorosas e com bolhas durante a infância ou adolescência.
Dentro do espectro solar, o comprimento de onda responsável pela maioria dos efeitos carcinogênicos (qualquer agente que possa causar câncer) corresponde ao da radiação ultravioleta (UV) – UVB (290nanômetros-nm à 320nm). A radiação UVA (320nm à 400nm) parece estar mais relacionada ao fotoenvelhecimento.
Indivíduos com hábitos de exposições frequentes ao sol durante a infância, aos 21 anos já apresentam sinais de danos causados pela radiação UV na pele. Aos 40 anos, todos têm sinais de fotoenvelhecimento: rugas, manchas claras ou escuras, ressecamento e espessamento da pele, lesões cutâneas pré-cancerosas e em alguns casos câncer da pele.
Milhões de pessoas desenvolvem câncer da pele a cada ano e esse acaba sendo o resultado final das alterações cutâneas que tiveram início muitos anos antes.
Importância da proteção contra o sol
A infância e a adolescência são os períodos da vida nos quais se passa a maior parte do tempo ao ar livre. Aos 18 anos de idade, a maioria das pessoas já recebeu 50% a 80% da radiação solar de toda a sua vida.
O efeito lesivo da radiação ultravioleta na pele é cumulativo ano após ano. Queimaduras solares intensas na infância provocam o envelhecimento prematuro da pele e podem levar ao aparecimento de câncer cutâneo na idade adulta.
Mesmo que se tenha o máximo cuidado com a proteção solar na vida adulta, o dano causado pela radiação solar recebida na infância não pode ser desfeito.
Com proteção adequada as crianças e adolescentes podem aproveitar a vida ao ar livre sem prejudicar a saúde da pele. No quadro abaixo estão os principais fatores relacionados ao risco de desenvolver câncer de pele.
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Relatora:
Silmara Cestari
Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo