Texto divulgado em 11/08/23
Todo ano, em agosto, comemora-se o Dia dos Pais. Propagandas invadem as telas e mídias falando do pai, seu amor e sua importância. Porém, neste mundo líquido, com mudanças tão grandes surgindo em todas as áreas, é interessante decorrer mais sobre o papel do pai.
Se a mãe já vivencia sua maternidade desde a gestação, percebendo o desenvolvimento do bebê dentro de si, o pai vai aprendendo sobre o bebê aos poucos. Incentiva-se cada vez mais a participação paterna na gravidez, no momento do parto e, especialmente, no início da vida da criança.
O contato pele a pele, o aconchego no colo do pai, ouvir a voz paterna, tudo isso contribui no bom desenvolvimento emocional do bebê. A participação paterna em tarefas do dia a dia contribui para evitar a sobrecarga física e emocional que pode acontecer com mãe.
Winnicott também aponta outro papel importante do pai: o de ser o outro, a pessoa que faz o bebê perceber que a mãe não é uma extensão de si, mas outra pessoa e que se relaciona com o pai. Freud traz o pai como aquele que é a lei, a autoridade. Por isso, pai presente, participativo, é fundamental para o desenvolvimento adequado das relações familiares e sociais, sendo a base para a construção do caráter.
Incentivar cada vez mais a participação do pai na criação e educação dos filhos, aproximar o pai que não mora com seu filho ao dia a dia da criança, evitar a alienação parental são medidas que precisamos defender. Assim como valorizar todos os avôs, tios, padrastos que assumem o papel da paternidade, tão importante para o crescimento e desenvolvimento dos filhos.
Assim, pensando nestas questões, queremos desejar um ótimo Dia dos Pais a todos. E convidamos todos os pais que participem mais do dia a dia dos seus filhos, construam ótimas memórias, deixando um legado de companheirismo e amor.
Fausto Flor Carvalho
Presidente do Departamento Científico de Saúde Escolar da SPSP