No dia 26 de março é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia. Considera-se um quadro de epilepsia duas ou mais crises não provocadas com intervalo maior que 24 horas entre elas ou crises associadas a lesões estruturais causadas por insulto cerebral remoto, como acidentes vasculares, infecção ou trauma ou diagnóstico de uma síndrome epiléptica.
O principal sintoma da epilepsia é a crise convulsiva. As causas podem ser estruturais, genéticas, infecciosas, metabólicas, imunológicas ou desconhecidas. Pode manifestar-se em qualquer idade, no entanto, sem dúvida, é mais preocupante em pacientes mais jovens.
O tratamento existe para todos os tipos de pacientes, entretanto não quer dizer que haja controle efetivo.
As principais recomendações durante uma crise são manter a calma, proteger o paciente, especialmente a cabeça, para que não bata contra o solo ou outra superfície, jamais colocar o dedo na boca de quem está tendo a crise, não fazer “respiração boca a boca”, jamais dar comida ou líquido para quem está tendo a crise e chamar socorro imediatamente. Deixar a cabeça sempre lateralizada.
Em alguns casos, quando não controlada, a epilepsia pode levar a distúrbio de aprendizado e muitas outras complicações de médio e longo prazo, de acordo com a etiologia. Há também descrição de morte súbita em epilepsia.
A criança não consegue controlar o quadro, por isso é importante tentar ensinar os pacientes a evitar possíveis desencadeantes de crise, como por exemplo: privação de sono, alguns estímulos luminosos, alterações de ciclo circadiano. Nos adolescentes, evitar uso de álcool e⁄ou drogas Ilícitas ou medicamentos.
Por fim, vale lembrar que é necessário acompanhamento com neurologista infantil, bem como realizar exames complementares, como ressonância e eletroencefalograma em sono e vigília.
Relator:
Carlos Takeuchi
Vice-Presidente do Departamento Científico de Neurologia e Neurocirurgia da Sociedade de Pediatria de São Paulo