Sociedade de Pediatria de São Paulo
Texto divulgado em 25/03/2021
Apesar de redes sociais como Tik Tok, Instagram e Snapchat serem proibidas para menores de 13 anos, sabemos que o acesso a essas plataformas é de difícil controle. Mesmo que as crianças não tenham contas, podem chegar até elas vídeos vindos dessas mídias, inclusive através de mensagens por WhatsApp.
Um comediante, cujo foco é o público adulto, fez vídeos utilizando um filtro da “princesa Elsa” dirigindo-se a crianças, incitando brincadeiras de cunho “satânico”. Nesse caso, o autor dos vídeos foi intimado a retirar esse material do ar.
Porém, trata-se de uma questão recorrente. Já vivemos outras trends como Momo, Baleia Azul e jogo de asfixia. Mídias sociais não são para crianças: elas não têm maturidade nem discernimento para escolherem um conteúdo adequado, estão sujeitas a “sugestões” que o próprio aplicativo faz para elas e, muitas vezes, sofrem consequências fatais por sua imaturidade.
Especialmente em um ano no qual crianças e adolescentes foram “jogados para as telas”, a supervisão dos pais em relação ao conteúdo consumido é essencial.
Seguem algumas dicas para monitorar o uso de aplicativos pelas crianças e adolescentes:
- Eduque-se e conheça os aplicativos: entenda como funcionam, veja quem as crianças seguem e por quem são seguidas, cheque as configurações de privacidade.
- Mantenha “combinados” em relação ao uso, antes de baixar os aplicativos.
- Explique que tudo que se posta ou que se repassa poderá ter consequências persistentes.
- Comunique-se com frequência e monitore as atividades das mídias.
É preciso consciência das famílias sobre os perigos constantes que o mundo da internet oferece às crianças.
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Relatora:
Luciana Issa
Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade de Pediatria de São Paulo
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