O dia 1º de agosto é o Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo, uma doença dermatológica na qual somente a pele é afetada. É uma patologia não contagiosa, que pode estar associada a alterações da tireoide, órgão que deve ser investigado quando o diagnóstico de vitiligo estiver estabelecido.
Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o paciente produz anticorpos que alteram a capacidade de pigmentação da pele, causando as manchas brancas. Vários fatores estão relacionados ao aparecimento das manchas. O fator genético e histórico familiar podem predispor o paciente a ter a doença.
Existem várias formas de vitiligo e nem todas irão determinar o aparecimento das manchas brancas no corpo todo. Existem formas localizadas também. Ao contrário do que se pensa, a exposição ao sol é um fator de piora do vitiligo, aumentando as manchas e podendo agravar a doença. O paciente com suspeita de vitiligo deve ser avaliado por um médico experiente, pois existem muitas patologias de pele que podem ser confundidas com a doença.
Algumas vezes, o uso de lâmpadas específicas, utilizadas no exame da superfície corporal, ajuda a fazer o diagnóstico diferencial com manchas que são duvidosas. O diagnóstico é realizado através do exame clínico, não sendo indicada a biópsia da pele, por não ser conclusiva, ou seja, muitas doenças podem apresentar o mesmo resultado.
Existem vários tratamentos para o vitiligo. Para cada forma da patologia, áreas do corpo acometidas e grau de avanço da doença, há tratamentos adequados. Essas terapêuticas podem ser locais e também existem tratamentos associados para o controle das manchas. O uso diário de protetores solares é fundamental no controle do vitiligo.
Relatora:
Selma Maria Furman Hélène
Presidente do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo