No Dia Mundial do Coração, em 29 de setembro, é fundamental refletir sobre a saúde cardiovascular, especialmente em crianças. A manutenção de um coração saudável é essencial para uma vida ativa e para a prevenção de doenças cardiovasculares futuras. A prevenção deve começar na infância, período em que hábitos alimentares e estilos de vida se consolidam.
A importância da prevenção
As doenças cardiovasculares, frequentemente vistas na idade adulta, podem ter início na infância. Fatores como obesidade, sedentarismo e má alimentação aumentam a incidência de problemas cardíacos precoces. Dados mostram que 15% das crianças menores de 2 anos, 12% entre 2 e 5 anos e 25% de 5 a 10 anos apresentam excesso de peso. Entre adolescentes, essa prevalência é de 30%, o que é preocupante para a saúde cardiovascular a longo prazo.
Alimentação saudável
A nutrição é vital para a saúde do coração. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras é essencial para o desenvolvimento saudável. A American Heart Association recomenda limitar açúcares adicionados e gorduras saturadas para prevenir obesidade, hipertensão e dislipidemia. Envolver as crianças no preparo das refeições promove hábitos saudáveis e educação nutricional.
Atividade física regular
A atividade física regular é crucial para a saúde cardiovascular. As diretrizes sugerem que crianças e adolescentes realizem pelo menos 60 minutos de atividade moderada a vigorosa diariamente. Isso fortalece o sistema cardiovascular e melhora a saúde mental e social. Estudos indicam que a atividade física regular reduz o risco de doenças crônicas na adolescência e vida adulta.
Monitoramento da saúde
O acompanhamento pediátrico regular é essencial para detectar precocemente fatores de risco, como hipertensão e colesterol elevado. Isso possibilita intervenções rápidas e educação contínua sobre saúde.
Neste Dia Mundial do Coração, é nossa responsabilidade coletiva cuidar da saúde cardiovascular das crianças. Mudanças simples, como promover uma alimentação saudável e incentivar a prática de atividades físicas, podem ter um impacto significativo na saúde futura dos jovens. A educação e o envolvimento da família são fundamentais para essa transformação.
Relator:
Gustavo Foronda
Presidente do Departamento Científico de Cardiologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo