Dia Mundial da Gestante

Dia Mundial da Gestante

Em 15 de agosto de 1943 foi apresentado ao mundo o primeiro computador, portanto essa data também é considerada o “Dia da Informática”.

Importante? Muito! Já imaginou como seria sem o computador nos dias de hoje?

Mas ele, o computador, não é o tópico de hoje.

Em 2023 tivemos no Brasil 1.400.000 registros de nascidos, ainda com uma assistência pobre às mulheres gestantes e recém-nascidos; 11% dos nascimentos são prematuros.

A confirmação da gestação é revestida de muita emoção e de várias outras sensações, como: surpresa, felicidade, medo e uma enxurrada de palpites. A Internet está repleta de informações, por vezes incorretas, ambíguas e muito “minha opinião” ou “eu acho”, mas também muita informação boa. Em sites oficiais (Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria-SBP, Sociedade de Pediatria de São Paulo-SPSP e Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO, SOCESP) as famílias conseguem informações adequadas e sérias.

O obstetra é o primeiro profissional a atender a nova família: mãe, pai e bebê ainda embrião. Forma-se um vínculo de confiança. Devem procurar um obstetra que lhes escute, que possam trocar ideias, que mostre as vantagens e desvantagens do parto cirúrgico versus via vaginal, que examine detalhadamente, que oriente os cuidados com as mamas, a vacinação da gestante, do pai e das pessoas que terão contato próximo, que oriente em relação à alimentação, suplementos vitamínicos, atividade física, trabalho, transporte e outros assuntos mais. Afinal, o bebê se desenvolve e utiliza tudo que necessita da mãe.

Além do mais, verifiquem se o médico é defensor do aleitamento materno. Vencida essa fase, chega mais uma etapa muito importante: encontrar um pediatra para chamar de SEU.

O obstetra acompanha a família durante o período gestacional e após, nas rotinas necessárias. O pediatra vai até a entrada na vida adulta, é alguém que vai estar muito junto da família, compartilhando conhecimentos e expectativas.

A SBP e a SPSP orientam para que seja realizada uma consulta com o pediatra na 32ª semana de gestação. Essa consulta é de extrema importância, pelo menos neste momento. Vocês poderão conhecer o futuro pediatra de seu bebê. Assim como o obstetra, procurem um pediatra defensor do aleitamento materno. Tirem dúvidas quanto a tudo que vai acontecer na maternidade: banho, sono, mamadas, tipo de parto, o que levar para o hospital, quais exames serão realizados, quais vacinas o bebê irá tomar, cadeirinha para o transporte no carro na hora da alta.

“As mães sempre sabem”, conhecem os filhos pelo olhar. E os bebês reconhecem a mãe pelo cheiro. Com dez semanas de gestação, o bebê sente o odor proveniente do líquido amniótico, que varia com a genética da mãe e pelos tipos de alimentos que ela ingere. Experiências mostram que se colocarmos no ombro de diferentes mães leite materno, o bebê acerta direitinho qual é o de sua mãe.

Falta muito para conseguirmos proteger as mães gestantes e seus filhos. O trabalho informal e as leis trabalhistas, que caminham muito lentamente, colocam em risco nossas gestantes. A criação do Dia da Gestante em agosto, que é o mês do Aleitamento Materno, o Agosto Dourado, poderia trazer um grande reforço na importância da amamentação. Mas o trabalho é de formiguinha, todos fazendo sua parte, para que a soma de esforços faça a real diferença.

 

Relatora:
Isis Dulce Pezzuol
Membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo