A mulher costuma exercer um papel de destaque na educação de filhos e filhas e, porque não, na prevenção do uso de álcool e drogas. Geralmente elas estão mais perto das crianças. Apesar de muitas trabalharem fora, as estatísticas demonstram que elas são mais espiritualizadas, estão menos envolvidas com problemas de álcool e drogas e são mais carinhosas e receptivas a orientações, como o aconselhamento sobre drogas.
Dentro dos 12 passos para evitar que filhos e filhas se envolvam com drogas, a mulher, seja mãe, irmã ou avó, tem fundamental importância. São medidas simples dentro de casa, no dia a dia de qualquer família:
- Família unida e com limites;
- Fazer as refeições com os filhos, dentro do possível;
- Saber o que seus filhos fazem nas horas vagas;
- Acompanhar os deveres dos filhos;
- Investir no relacionamento familiar: qualidade no relacionamento;
- Elogiar boas atitudes dos filhos e não criticá-los ou corrigi-los em excesso;
- Não permitir que fumem ou bebam antes dos 18 anos;
- Incentivar atividades culturais e esportivas;
- Envolvimento em atividades sociais;
- Espiritualidade;
- Bons Amigos;
- Dar o Exemplo.
Todas estas sugestões têm estatisticamente diminuído a experimentação de drogas pelos jovens em casa. É lógico que quanto maior a participação dos pais (pai e mãe), maior o resultado, mas sabemos que as mulheres das famílias são a chave do sucesso. Contudo, muitas vezes o trabalho das mulheres é isolado. Elas são as que mais frequentam os ambulatórios pediátricos e podem fazer a diferença na prevenção e na experimentação de álcool e drogas na família. Pediatras, em sua maioria mulheres, podem aumentar o conhecimento das mães sobre prevenção do uso de drogas e ajudá-las neste sentido. Por isso, é preciso colocar o aconselhamento breve sobre drogas na rotina de atendimento.
Você pode aprofundar seus conhecimentos sobre os 12 passos em: https://www.drbarto.com.br/12-passos-para-pais-prevenirem-uso-de-drogas-na-adolescencia/
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João Paulo Becker Lotufo
Grupo de Trabalho de Combate ao uso de Drogas por Crianças e Adolescentes da Sociedade de Pediatria de São Paulo