No dia 15 de agosto é comemorado o Dia da Gestante, data para celebração e reflexões. A mulher passa não apenas pela gestação, mas passa pelo chamado ciclo gravídico-puerperal, que inclui a gestação, o parto e o puerpério, momentos de intensas mudanças físicas, emocionais e sociais.
A reprodução traz, na vida da mulher, inúmeras perspectivas e reflexões quanto ao seu futuro e do novo ser. Preocupações fundamentadas e justificadas que merecem proteção e respeito social. É preciso compreender que esse percurso da gestação até o nascimento é repleto de momentos que não são tão simples, ocorrendo desde limitações físicas que a gravidez impõe até as inquietações com o novo ser e o papel social da nova mãe que também nasce. Uma grande variedade de sentimentos toma conta e invade a grávida.
Também não se deve esquecer que algumas gestações cursam com situações que tornam a gravidez de alto risco. Com todo este cenário, torna-se importante o alerta de que os cuidados de saúde devem ser destinados a todas as gestantes, sendo essenciais e vitais ao binômio materno-fetal. Ainda, a rede de apoio formada pelos profissionais de saúde, companheiro, familiares e amigos é imprescindível para que seja dado o suporte necessário para a superação do grande desafio adaptativo que é a gravidez.
Certamente a gravidez não é um fato corriqueiro e simplório, pois significa pensar a vida e repensá-la em um plano maior. O significado da gestação e a vivência do momento do ciclo gravídico-puerperal são especiais e únicos para a mulher, implicando em ímpar desenvolvimento, aprendizado e emoções. Proteger a grávida significa proteger toda a sociedade.
Relatora:
Mônica López Vázquez
Departamento Científico de Ginecologia e Obstetrícia da Sociedade de Pediatria de São Paulo
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