Podemos definir a alergia crônica como uma resposta exagerada do sistema imunológico a várias substâncias (alérgenos), que dura um longo período e/ou melhora e piora ao longo da vida. Acontece em pessoas que apresentam predisposição genética para isso e que são expostas a esses alérgenos pela via respiratória, cutânea ou até por ingestão no ambiente em que elas vivem.
Exemplo muito comum são as alergias respiratórias como asma e rinite; as de pele (dermatite atópica) e até as urticárias, que podem durar uma vida inteira. Deve ser dada uma atenção especial a esses problemas, porque o curso crônico e recidivante compromete a qualidade de vida das pessoas e, em muitos casos, o paciente pode apresentar a forma grave da doença ou ainda piorar com o tempo.
O ideal é que os pacientes sejam encaminhados para alergistas e imunologistas, médicos capazes de identificar a causa do problema crônico, aplicar o tratamento correto e inclusive indicar uma forma de preveni-lo. Para melhor entendimento, podemos comentar sobre uma criança com asma alérgica que desde pequena chiava o peito e quando entrava em contato com poeira as suas crises pioravam muito.
O especialista poderá verificar qual o principal alérgeno desencadeante, indicar formas de prevenção para evitar o contato do alérgeno específico, diagnosticá-la e tratá-la adequadamente com medicamentos, na maioria das vezes, inalatórios. Uma criança que apresenta uma doença alérgica precisa conhecer quais são os gatilhos para as crises, saber tratá-la e acompanhar com o especialista, uma vez que não se fala em cura, mas em remissão, para uma melhor qualidade de vida!
Relatora:
Vera Esteves Vagnozzi Rullo
Vice-Presidente do Departamento Científico de Alergia e Imunologia da SPSP