O que é?
O coronavírus doença 2019 – ou Covid-19 – é uma infecção específica por um vírus chamado Sars-CoV-2. Esse vírus iniciou a atual pandemia no final do ano de 2019, em Wuhan, na China. Desde então, ele vem se espalhando pelo mundo: Europa, Estados Unidos e, agora, na América Latina e no Brasil.
Quais os sintomas?
Os sintomas dessa infecção – chamada de síndrome respiratória – lembram os de uma gripe comum: tosse, espirros, coriza ou congestão nasal, febre, dores musculares e sensação leve de cansaço.
Os casos graves evoluem com dificuldade respiratória, pois a infecção pode acometer os pulmões, causando uma pneumonia viral, com dificuldade de oxigenação e até problemas cardíacos de forma secundária. Isso é mais comum em idosos ou pessoas com outros problemas de saúde, como doenças cardíacas, diabetes, doenças pulmonares e câncer.
Alguns sintomas menos comuns que podem aparecer são: dor de cabeça, dor de garganta, alterações no olfato (dificuldade para sentir cheiros) e alguns apresentam náuseas ou diarreia. Algumas pessoas que entram em contato com o vírus podem não apresentar sintomas – são os chamados casos assintomáticos.
Como se contrai esse vírus?
Pelo que pesquisadores e especialistas conhecem até o momento (abril de 2019), o Sars-CoV-2 parece se espalhar mais facilmente quando as pessoas estão apresentando os sintomas, mas há indícios de que é possível transmitir a doença mesmo sem apresentá-los. A transmissão ocorre principalmente pelas gotículas de saliva e por aerossóis que são expelidos através da tosse e espirros, além da utilização de utensílios comuns, apertos de mão, beijos ou contato com objetos ou superfícies contaminadas.
Quanto tempo dura o quadro de gripe?
Para a maioria das pessoas, os sintomas desaparecem dentro de uma a duas semanas, como uma gripe comum, e não geram problemas de saúde crônicos.
E as crianças?
As crianças podem contrair o vírus, mas a apresentação do quadro é em geral mais leve e, mesmo nos casos graves, a recuperação parece ser melhor que em adultos e idosos, principalmente.
Qual o tratamento?
Não há tratamento específico, por isso a prevenção é a melhor forma de se manter saudável.
As pessoas que apresentam sintomas leves e sem falta de ar ou dificuldade para respirar devem se manter em casa, com isolamento social, repouso, hidratação e uso de medicamentos sintomáticos (para tosse e febre). Sempre pode consultar um médico, mas nesse momento o melhor é fazer a consulta pelo telefone, disponível em todo o Brasil, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também para os profissionais particulares ou conveniados. A pessoa deve ser monitorada a cada um ou dois dias por esse sistema de atendimento.
Os casos que apresentam sintomas mais graves, com falta de ar e dificuldade para respirar, devem consultar o médico presencialmente e, muito provavelmente, serão internados. Esses pacientes serão mantidos em quartos de isolamento e, em alguns casos, irão precisar de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
A PREVENÇÃO É ESSENCIAL!
• Lave as mãos com água e sabão com frequência. Quando isso não for possível, utilize o álcool 70%. As técnicas de lavagem estão bastante difundidas pela mídia e devem ser seguidas rigorosamente, o mesmo valendo para o uso do álcool.
• Evite tocar o rosto (especialmente boca, nariz e olhos) com as mãos.
• Fique longe de pessoas que têm algum sintoma. O isolamento em casa sem o compartilhamento de ambientes, talheres, toalhas, entre outros, é fundamental e será orientado pelo profissional de saúde diante de um caso suspeito.
Pratique o isolamento social. Se onde você vive há casos confirmados, fique em casa!
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Relatora:
Dra. Cátia Regina Branco da Fonseca
Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo