Conhecimento das puérperas sobre o teste do pezinho

Conhecimento das puérperas sobre o teste do pezinho

Revista Paulista de Pediatria
Texto divulgado em 07/06/2017


Pesquisadores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba (MG) publicaram estudo na Revista Paulista de Pediatria de junho de 2017 que avaliou o conhecimento das puérperas sobre o Teste do Pezinho.

Os autores destacam que o Teste do Pezinho, incluído no Programa de Triagem Neonatal (PNTN), tem por finalidade detectar doenças infecciosas e genéticas assintomáticas ao nascimento, principalmente erros inatos do metabolismo, permitindo o diagnóstico e o tratamento precoces dessas doenças, a fim de evitar sequelas para a criança. O Estado de Minas Gerais encontra-se na fase IV do PNTN e, por meio do Teste do Pezinho, identifica seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência da biotinidase. No teste são colhidas algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido, sendo o período ideal para a coleta entre o terceiro e o sétimo dia de vida do neonato. O Teste do Pezinho representa uma ação de pediatria preventiva e a maior iniciativa do Sistema Único de Saúde (SUS) na área de genética. Nesse sentido, o estudo da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) teve como finalidade avaliar o que as mães sabem sobre o Teste do Pezinho, uma vez que somente um entendimento correto e em tempo hábil fará com que elas levem seus filhos para a coleta do teste no período adequado, evitando sequelas posteriores, em especial a deficiência intelectual.

Foi realizado um estudo descritivo e transversal, de abordagem quantitativa, com 75 puérperas maiores de 18 anos com filhos de até 40 dias de vida. Para a coleta de dados, foi elaborado um formulário pelas próprias pesquisadoras, com questões fechadas — algumas dicotômicas (sim ou não) e outras de múltipla escolha —, aplicado e preenchido pela mesma pessoa.
O estudo demonstrou que o conhecimento das puérperas sobre o Teste do Pezinho é superficial e pode ser reflexo da fragilidade de atuação da equipe de saúde. “O mais relevante foi o fato de que algumas mães, após responderem ao formulário, questionavam a pesquisadora sobre o assunto, mostrando que realmente não tinham conhecimento suficiente sobre o tema abordado e o acharam extremamente importante”, afirma a professora Dra. Alessandra Trovó de Marqui, uma das autoras da pesquisa.

Segundo a Dra. Alessandra, o estudo merece ser divulgado para a sociedade, uma vez que seu objetivo é contribuir de forma positiva para a saúde do recém-nascido por meio da conscientização das mães sobre a importância, a finalidade, as doenças triadas e o tempo hábil para a realização do Teste do Pezinho. “Através dessa pesquisa podem ser desenvolvidas iniciativas que contribuam para aumentar o conhecimento das mães acerca da saúde de seu filho”, destacou a professora. Os resultados do estudo podem estimular a elaboração de materiais educativos e/ou novos trabalhos que contribuam para o conhecimento das puérperas sobre o tema. “Também possibilita uma maior divulgação para implementação de políticas públicas voltadas para a promoção da saúde infantil”, finalizou a Dra. Alessandra Trovó de Marqui.

Contato: Alessandra Trovó de Marqui
Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG)
E-mail: [email protected]

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