O ensino médico e a criação de novos cursos têm sido objeto de preocupação e discussões nos Conselhos Regionais e no Conselho Federal de Medicina. Escolas estão sendo abertas apenas para atender vaidades políticas e interesses econômicos. Essas faculdades não têm estrutura permanente para ensino e professores qualificados.
Por outro lado, a Faculdade de Medicina de Santo Amaro, que neste ano completa 40 anos de existência e se orgulha em formar profissionais de qualidade, está sendo destruída! Cerca de 50 professores qualificados foram demitidos, disciplinas estão sem professores e programas de residência terão que ser suspensos.
Tudo isso ocorre porque a Universidade de Santo Amaro está sendo administrada dentro de uma visão simplista, que vê seu corpo docente como fonte de despesa e não como o seu verdadeiro patrimônio.
Fatos como este vêm ocorrendo não só em universidades, mas também em hospitais privados e empresas de medicina de grupo. Administradores, que se intitulam “gestores”, têm apenas um objetivo: “cortar custos”, sem qualquer critério e sem preocupação com a qualidade de ensino e a responsabilidade social do exercício da medicina.
Neste momento, alunos, residentes e professores da Faculdade de Medicina de Santo Amaro estão irmanados para reverter este processo. Como pediatra e professor desta Faculdade há 33 anos, conclamo os colegas pediatras, os ex-alunos e ex-residentes a nos auxiliar nessa luta que travamos para mudar este panorama sombrio.
Joaquim J. C. Menezes
Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, fez residência de Pediatria também na Santa Casa e mestrado no Instituto da Criança.
Professor da Disciplina de Pediatria na UNISA de 1975 até novembro de 2008 e chefe da Disciplina de Pediatria da UNISA de 1990 até novembro de 2008.
Assessoria de Imprensa – SPSP
Texto divulgado em 19/12/2008