Câncer infantil e a importância do diagnóstico precoce

Câncer infantil e a importância do diagnóstico precoce

O Dia Internacional do Câncer Infantil, comemorado anualmente em 15 de fevereiro para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce no aumento das chances de cura da doença, serve também como um lembrete para que os pais fiquem atentos à saúde de seus filhos e procurem atendimento médico caso suspeitem de algo fora do comum.

O câncer infantil, embora raro, é uma condição séria que pode afetar o bem-estar de uma criança e ter um impacto duradouro na vida dela e daqueles ao seu redor.

É importante estar ciente dos sinais e sintomas desta doença para que você possa procurar atendimento médico o mais rápido possível. A detecção precoce e o tratamento podem melhorar muito as chances de um resultado bem-sucedido.

Alguns sintomas comuns de câncer infantil incluem:

  • Dor persistente ou inchaço em qualquer parte do corpo
  • Hematomas, palidez e/ou manchas roxas pelo corpo
  • Sangramentos sem causa aparente
  • Febre persistente, por muitos dias
  • Fadiga ou fraqueza inexplicável
  • Perda de peso inexplicável
  • Dores de cabeça, especialmente se for incomum, persistente ou grave
  • Vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias)
  • Tosse persistente com falta de ar
  • Caroços ou inchaço no pescoço, axilas ou virilha

Se seu filho estiver apresentando algum desses sintomas, é importante agendar uma consulta com um médico o mais rápido possível. Também é importante lembrar que muitos desses sintomas podem ser causados por outras condições, mas a detecção e o diagnóstico precoces são cruciais no tratamento do câncer infantil.

Incentivamos você a educar a si mesmo e a sua família sobre o câncer infantil e a permanecer vigilante no monitoramento da saúde de seus filhos. Se você tiver alguma dúvida, não hesite em entrar em contato com seu pediatra.

A oncologia pediátrica é um ramo da medicina que trata o câncer em crianças. O diagnóstico de câncer em uma criança pode ser uma experiência devastadora, tanto para a criança quanto para os pais.

Para essa complexidade, os centros especializados oferecem os melhores tratamentos e equipes capacitadas para cuidar de crianças e adolescentes como um todo, considerando não só a doença, mas o indivíduo e sua família, suas dores, emoções e necessidades específicas, com foco na qualidade de vida durante e após o tratamento.

A maioria dos cânceres na infância pode ser curada com uma combinação de quimioterapia com outros tratamentos, incluindo cirurgia, radioterapia, transplante de medula óssea, aplicados de forma racional e individualizada para cada tipo específico e de acordo com a extensão clínica da doença.

Os pais desempenham um papel crucial no cuidado e apoio de seus filhos durante todo o processo de tratamento. O primeiro passo é entender o tipo de câncer que seu filho tem e as várias opções de tratamento disponíveis. Isso os ajudará a tomar decisões informadas sobre os cuidados e o tratamento de seus filhos.

Além do tratamento médico e multidisciplinar, oferecido nos hospitais especializados, os pais também podem oferecer apoio emocional aos filhos. Isso pode incluir conversar com eles sobre seus sentimentos, ajudá-los a manter uma rotina normal e fornecer-lhes encorajamento positivo.

Os pais também podem desempenhar um papel ativo na defesa da saúde de seus filhos. Isso pode envolver trabalhar em estreita colaboração com a equipe de saúde, pesquisar opções de tratamento e buscar apoio de outras famílias em situações semelhantes.

É importante que os pais também se cuidem. Cuidar de uma criança com câncer pode ser física e emocionalmente desgastante, sendo essencial que os pais busquem o apoio da família e dos amigos e se envolvam em atividades de autocuidado.

Em conclusão, a oncologia pediátrica requer um esforço colaborativo entre a equipe de saúde e os pais, para garantir o melhor resultado para a criança. Ao fornecer apoio emocional e prático, os pais podem desempenhar um papel crítico na jornada de seus filhos durante o tratamento do câncer.

Relator:
Flavio Augusto Luisi

Presidente do Departamento Científico de Oncologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo