A criança é um ser em constante crescimento e desenvolvimento. A aquisição de novas habilidades é progressiva e rápida, como levar objetos à boca, descobrir os próprios pés, até conseguir andar, falar, etc.
Para os pais, é prazeroso ver acontecer estas conquistas. Mas ao mesmo tempo, podem ser fases angustiantes, porque implicam em perdas do seu bebê em fases já conhecidas. Por exemplo, o bebê que antes mal conseguia sentar-se sozinho, começa a andar e explorar o ambiente.
Para os pais e para a criança, cada dia é diferente do anterior, pois implica em novos desafios, descobertas, construindo a relação entre ambos. Por vezes, os pais permitem que os filhos mantenham comportamentos de fases anteriores, embora a criança já tenha capacidade de exercitar certas habilidades e autonomias. Por exemplo, a criança que já sabe tomar líquidos no copo e os pais ainda oferecem a mamadeira.
A manutenção de atitudes de fases anteriores do desenvolvimento pode precipitar inseguranças, medos e dependência na criança. Porém, cada filho é único, e, portanto, os pais devem ficar atentos aos progressos de cada um, incentivando as conquistas e estabelecendo os limites necessários para protegê-lo na medida certa.
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Texto produzido em reunião do Departamento Científico de Saúde Mental da SPSP.
Publicado em 6/06/2014.
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