USO DA TC EM TCE LEVE PEDIÁTRICO

A presente revisão, incluiu um estudo robusto, seguro e de fácil aplicação com propostas de diretrizes na indicação de TC de crânio em crianças vítimas de TCE leve, com o intuito de avaliar os algoritmos recomendados e propor diretrizes que melhor se adaptem à realidade dos serviços de emergência brasileiros. O artigo visa analisar a necessidade do uso da TC em crianças com TCEs leves, baseado em protocolos que garantem segurança ao emergencista e/ou pediatra. Para tal, foi utilizado uma revisão sistemática para elucidar o tema. Chegado ao resultado, de que o algoritmo PECARN, estudo multicêntrico, publicado em 2009, com objetivo de identificar crianças de baixo risco para lesões cerebrais, clinicamente importante (TCEci) e que não necessitam da realização de TC de crânio, se utiliza de normas para indicação do exame em crianças com TCE leve, com critérios separados para duas populações pediátricas distintas: menores de 2 anos e maiores de 2 anos. Logo, fica claro que as crianças com TCE leve são, felizmente, a maior parcela dos pacientes atendidos por traumatismo craniano e resultam em baixa incidência de lesões cerebrais, raramente necessitando de intervenção neurocirúrgica. Assim, o risco de um TCEci contra a exposição da criança à radiação ionizante de uma TC deve ser ponderado. O desenvolvimento de diretrizes para indicação de TC de crânio na população pediátrica (TCE leve) é uma prioridade. O algoritmo PECARN, tem a finalidade de orientar médicos e familiares na decisão de realizar TC de crânio em crianças com TCE leve, possui a grande vantagem de evitar a exposição desnecessária de crianças à radiação ionizante da TC e, pode ser utilizado, mesmo em centros não especializados, reduzindo a incidência de TC de crânio em uma população de baixo risco para TCEci.