REVISÃO ACERCA DAS RECOMENDAÇÕES DE MANEJO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA NO DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA PEDIÁTRICO

INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca descompensada (ICD) pediátrica é um status clínico incomum com alta taxa de morbi-mortalidade. Muitos profissionais das equipes médicas dos departamentos de emergência pediátrica não possuem o domínio de conhecimentos e práticas de manejo dessa patologia, impedindo que ações mais eficientes sejam tomadas para a melhora clínica do paciente. OBJETIVO: O objetivo deste presente trabalho é compreender as recomendações de manejo do paciente pediátrico com insuficiência cardíaca descompensada. MÉTODO: Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos científicos e guidelines extraídos das bases de dados PubMed, Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: Observou-se que deve-se iniciar a oxigenoterapia no paciente se a sua saturação de O2 estiver menor que 90%. Depois, deve-se realizar o manejo de acordo com a caracterização da IC do paciente. Tratando-se de IC congestiva, foi observado a alta recomendação de diuréticos em alça, contudo há poucos dados a respeito da dose e da frequência da administração em pediatria, apesar disso, há indicação de administração de 0,5mg – 1mg/Kg de furosemida a cada 6-12 horas. Ainda, orienta-se a administração de metolazona de maneira limitada devido à associação deste medicamento com distúrbios eletrolíticos. Analisou-se também que há dados insuficientes para a recomendação de antagonistas da vasopressina. Já no manejo da IC de baixa perfusão, indica-se a administração de inotrópicos, devendo estes serem utilizados em curto prazo devido aos riscos de taquifilaxia e infecção, além de ser alertado o possível efeito vasodilatador ou vasoconstritor que essas drogas possuem a partir de sua dosagem, o que pode piorar o status clínico do paciente. Por fim, determina-se que a reposição volêmica indiscriminada é de carácter negativo. CONCLUSÃO: Diante do exposto, conclui-se que são necessárias maiores pesquisas científicas acerca do manejo da IC pediátrica e que, atualmente, a administração de diuréticos e inotrópicos são as principais práticas de tratamento.