REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM LACTENTES

Caracterizamos o refluxo gastroesofágico (RGE) como o fluxo retrógrado e repetido de conteúdo gástrico para o esôfago. A maior parte dos casos na nainfância ocorre de forma fisiológica, devido a imaturidade dos mecanismos de proteção antirrefluxo, tem evolução usualmente benigna, caracterizando-se clinicamente por meio de regurgitações. A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ocorre quando o RGE causa manifestações clínicas de gravidade variável, dentre elas vômitos intensos, dificuldade durante as mamadas, déficit de ganho ponderal, choro, irritabilidade e alteração na posição cervical. É importante a diferenciação da regurgitação do lactente e DRGE, deve ser explorada a história clínica e exame físico minucioso, para avaliação da necessidade de intervenção terapêutica ou cirúrgica, devendo ainda realizar a investigação laboratorial e/ou de exames de imagem. O objetivo desse estudo foi apresentar uma revisão de literatura atualizada para ampliar o conhecimento sobre a patologia e ressaltar a importância desta, pois apesar de ser frequente nas consultas pediátricas e normalmente ter um curso benigno, pode evoluir com maiores complicações. Então, é necessário saber diagnosticar para instituir a terapêutica adequada. Deve-se diferenciar as situações fisiológicas, muito frequentes em lactentes, das situações patológicas cuja abordagem é diferente, que inclui a mudança de hábitos, tratamento medicamentoso e algumas vezes tratamento cirúrgico. Para a revisão de literatura proposta foram utilizados os livros: Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria e Nelson – Tratado de Pediatria. Foram também levantados artigos sobre o tema, acessados no site da Scielo – ScientificElectronic Library Online em outubro de 2018. E por fim, como referência principal, foram utilizados as Cartilhas da Sociedade Brasileira de Pediatria para Regurgitação do lactente (Refluxo Gastroesofágico Fisiológico) e Doença do Refluxo Gastroesofágico em Pediatria.