PREVALÊNCIA DE INTERNAÇÕES E TAXA DE MORTALIDADE POR TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO NA FAIXA ETÁRIA ENTRE 0-14 ANOS POR REGIÃO DO PAÍS NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2018 A NOVEMBRO DE 2022

O trauma é a principal causa de morte em crianças maiores de 1 ano. Grande parte destas vítimas são acometidas por traumatismo cranioencefálico (TCE), sendo este responsável por 75% dos óbitos. No Brasil, de 2018-2022, entre 0-14 anos, a incidência de traumatismo intracraniano foi 13.000/ano com cerca de 167 óbitos/ano. Portanto, torna-se urgente a prevenção. Esta divide-se em prevenção primária, como fiscalização de trânsito e mudanças no ambiente da criança, prevenção secundária, com equipamentos de proteção como cinto de segurança e assento para a idade, e prevenção terciária, com assistência adequada. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de internações por traumatismo intracraniano, entre 0-14 anos, nas regiões do país entre 2018-2022, e correlacionar com taxa de mortalidade. Para tanto, foi realizado estudo observacional baseado em dados do DATASUS. A pesquisa resultou em 65562 internações, 1006 óbitos e taxa de mortalidade de 1,57% por traumatismo intracraniano de 0-14 anos. Das internações, Norte 5982 (9,04%), Nordeste 15192 (23,17%), Sudeste 26991 (41,16%), Sul 12600 (19,21%) e Centro-Oeste 4794 (7,31%). Dos óbitos e taxa de mortalidade, Norte: 109 (1,82%), Nordeste: 320 (2,11%), Sudeste: 358 (1,33%), Sul: 148 (1,17%), Centro-oeste: 71 (1,48%). Com estes dados, conclui-se que a Região Sudeste tem a maior prevalência de internações por TCE. Em contraponto, a região que apresenta maior taxa de mortalidade é a Nordeste, apresentando o dobro de óbitos da Sul, que possui a menor taxa. Estes dados reforçam a necessidade de prevenção, principalmente na região Nordeste, pois além de elevado índice de internações, possui a maior taxa de mortalidade, com foco na prevenção primária, para reduzir o número de internações, mas com maior urgência na terciária, para diminuição da taxa de mortalidade.