PERFIL DE NASCIMENTOS DE MÃES ADOLESCENTES EM HOSPITAL DE ENSINO DE SÃO PAULO – SP

Introdução: Das adolescentes brasileiras, 69 já haviam mantido relações sexuais e destas 56,0, com idade entre 15 e 19 anos, grávidas. A gestação na adolescência traz diversas consequências, tanto socioeconômicas quanto para saúde, afetando a mãe, seu bebê e a comunidade ao redor.
Objetivo: Avaliar as características maternas e do recém-nascido de mães adolescentes.
Método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, realizado em um hospital de ensino situado na região sul da cidade de São Paulo. Os dados foram levantados entre janeiro e dezembro de 2017. As variáveis estudadas foram: idade materna (de 10 a 19 anos), tipo de parto, prematuridade, Apgar do 1º e do 5º minuto, número de consultas de pré-natal, início do pré-natal, escolaridade materna, situação conjugal, raça materna e peso ao nascer.
Resultado: Foram analisados 490 nascidos vivos de mães adolescentes, desses 76,9 nasceram por via vaginal e 23,1 por cesárea. O Apgar foi regular/risco no 1º minuto em 14,9 e no 5º em 3,9 dos casos. Quanto as mães, 64,9 delas eram pardas, 60,6 eram solteiras e 39,4 eram casadas ou união estável. 4,5 dos bebes estudados eram prematuros e 14 apresentavam baixo peso ao nascer. 72,2 realizaram 7 ou mais consultas pré-natais, sendo que apenas 0,4 não realizaram pré-natal.
Conclusão: As mães adolescentes têm uma maior chance de terem filhos prematuros e/ou com baixo peso ao nascer, especialmente se tiverem menos do que 15 anos. Esse grupo também está relacionada a piores índices Apgar. Observamos uma preocupante taxa de casamento e uniões estáveis infantis nesse grupo. As mães adolescentes apresentaram maior número de partos vaginais e adesão ao pré-natal e etnia semelhante quando comparadas a mães adultas.