O ALEITAMENTO MATERNO E A INTRODUÇÃO ALIMENTAR EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN – ESTUDO CASO-CONTROLE.

A síndrome de Down (SD) é explicada por uma alteração cromossômica. Uma alimentação variada e equilibrada é essencial para o crescimento e manutenção da saúde para as crianças com a SD. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo (AME) até os 6 meses de idade e como complemento até 24 meses ou mais. Devido a importância da alimentação na infância, o objetivo do trabalho foi avaliar em ambos os grupos do estudo o tempo de AME, a duração do aleitamento materno e a introdução da alimentação complementar. Estudo clínico transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram considerados as crianças e os adolescentes em seguimento ambulatorial em um hospital universitário, de agosto de 2019 a junho de 2021, grupos: caso (com SD) e controle (sem alterações genéticas). Foi aplicado um protocolo de coleta de dados, avaliação antropométrica e anamnese nutricional referente ao AME, aleitamento materno e introdução da alimentação complementar. Resultados: Cada grupo possui n=42, sendo 11,9% adolescentes, a média de idade foi 4,2 anos. O tempo médio de AME foram respectivamente, 3,7±3,1 e 4±3,3 (caso e controle) (p=0,63). O tempo total de amamentação foi maior grupo Caso (8,5 meses) (p=0,92). A média de idade na introdução da alimentação complementar foi maior no grupo Caso tanto para a dieta pastosa (6,5 meses) (p=0,23), quanto para a introdução de alimentos sólidos (13,3 meses) (p=0,002). Conclusões: o tempo de aleitamento materno ficou abaixo das recomendações da OMS em ambos os grupos, portanto essa temática precisa ser foco de ações na atenção à saúde materno-infantil. A hipotonia e a alteração sensorial gustativa, em crianças com a SD, possui relação com a introdução alimentar tardia, motivos pelos quais nos primeiros anos de vida é possível notar que as habilidades alimentares nestas crianças são atrasadas, quando comparadas às demais crianças.