MORFOMETRIA DA VEIA FEMORAL EM CRIANÇAS: COMPARAÇÃO DA POSIÇÃO SUPINA COM A FROG POSITION

INTRODUÇÃO: A cateterização venosa central é normalmente realizada no sistema cava superior (SCS), porém a veia femoral (VF) é uma opção na ressuscitação cardiorrespiratória e em compressão/trombose do SCS. O conhecimento da anatomia da VF permitirá uma punção mais segura. OBJETIVOS: O objetivo foi comparar a morfometria da VF, a distância da pele à veia, a área da veia e a sobreposição da artéria com a veia na posição supina (perna estendida) e na frog position (coxa fletida e rotação externa). MÉTODOS: Estudo observacional transversal com a utilização da ultrassonografia para analisar a morfometria da VF e aprimorar a punção neste vaso. Foram incluídos pacientes no setor de radiologia do hospital pediátrico que iriam realizar ultrassom e consentiram em participar do estudo. RESULTADOS: Foram 91 pacientes inclusos com idade média de 9,6 anos (0,1-17,0). Média do peso: 37 quilos (4-93) . A área da secção transversal da VF foi de 47,6 centímetros quadrados (cm2) no lado esquerdo e 42,2 cm2 no lado direito. Esta área aumentou para 79,9 cm2 no lado esquerdo e 74,6 cm2 no lado direito (p0,01) na frog position. A média da distância da VF a pele foi de 15 milímetros (mm) no lado esquerdo e 14 mm no lado direito. Esta distância diminuiu para 13 e 12, respectivamente, na frog positiion (p0,01). A partir do modelo estatístico de regressão linear inferimos o cálculo da distância da pele à VF para uma punção mais efetiva. Fórmulas individualizadas foram estabelecidas para as quatro condições: veias femorais direita e esquerda, em ambas as posições. Nessas correlações há uma diminuição da distância da pele à VF em posição supina comparada a frog. CONCLUSÃO: A frog position permite área de secção maior e menor distância da pele à veia, em relação à posição supina. Portanto, deve facilitar a punção da VF.