MANIFESTAÇÃO SISTÊMICAS CAUSADAS PELO VÍRUS EPSTEIN BARR

INTRODUÇÃO
Mononucleose infecciosa (MI) é uma síndrome caracterizada pela tríade clássica de febre, faringoamigdalite e linfadenopatia periférica ou cervical.

DESCRIÇÃO
Paciente, masculino, 8 anos, brasileiro, pardo, admitido em enfermaria de Pediatria com história de febre, vômitos, alteração de coloração urinária e edema de face e membros há cinco dias. Durante a internação apresentou odinofagia, fígado palpável a 3 cm do rebordo costal direito (RCD), esplenomegalia palpável a 2 cm do rebordo costal esquerdo (RCE). Fez uso de dose única de Penicilina Benzatina, evoluindo com exantema e edema de face. Posteriormente apresentou linfonodomegalia cervical e presença de hiperemia de tonsilas com exsudato membranoso.
Exames:leucograma de 9.300 células/mm3 com linfócitos 76. PCR de 24mg/L, ASLO 400 UI/ml, AST 228 U/L, ALT 206 U/L, GGT 508 U/L, Fosfatase alcalina 709 U/L,uréia 17.9 mg/dL, creatinina 0.45 mg/dL,Urina tipo 1: sem alterações. Foram realizadas culturas e sorologias: culturas negativas, sorologia para Epstein Barr vírus (EBV) IgG 69 U/mL e IgM160 U/mL, demais sorologias não reagentes. Após seis dias, o leucograma mostrou leucocitose de 19.600 células/mm3, com percentual de linfócitos de 69, PCR de 24 mg/L, ASLO 200 UI/ml, AST 53 U/L, ALT 89 U/L, GGT 311 U/L, Fosfatase alcalina 306. Persistência da febre até o 12º dia de internamento. Alta após treze dias, evoluiu com redução da linfadenomegalias e sem visceromegalias.

DISCUSSÃO
MI é uma doença aguda, benigna e autolimitada. Os sintomas podem durar meses, sendo a fadiga o sintoma mais prolongado.
Os sintomas são mais comuns naqueles que são primariamente infectados durante ou após a segunda década de vida.

CONCLUSÃO
Não há tratamento específico disponível para a infecção pelo EBV. O tratamento sintomático deve ser realizado e a criança mantida com limitação de atividades para evitar ruptura esplênica.A maioria dos pacientes com MI evolui para cura sem sequelas.