LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA NA ONCOLOGIA PEDIÁTRICA: ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS

INTRODUÇÃO: A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma é uma doença que, clinicamente, se apresenta com hipercatabolismo e desconforto abdominal devido a esplenomegalia. O tratamento da LMC teve grande avanço no decorrer dos anos e hoje, o prognóstico do paciente com LMC melhorou muito. RELATO DE CASO: G. F. L. G, sexo masculino, branco, com data de nascimento em 21/01/2001, deu entrada na Santa Casa de Piedade-SP, onde, no final de 2007 apresentou um quadro de inapetência, palidez e abdômen distendido. Foi encaminhado para mais avaliações e e tratamento do Hospital GPACI. Como já havia a suspeita de leucemia mielóide crônica (LMC) devido a exames laboratoriais, o paciente já tinha iniciado uso de interferon-alfa e hidroxiureia na Santa Casa. O paciente G. enfrentou muitas dificuldades no tratamento, principalmente com dores físicas devido a medicação, o que levou à decisão da introdução de Imatinibe e retirada do interferon-alfa. Paciente evoluiu bem por 1 ano, quando apresentou sua primeira crise blástica com infiltração no sistema nervoso central (SNC) e foi necessário a realização de indução com quimioterapia. Após remissão, foi realizado transplante de medula óssea (TMO) em 2011. Dois anos depois do TMO, paciente teve recidiva de LMC com infusão no SNC. Foi realizada nova indução quimioterápica e após seu fim, o tratamento de manutenção durou até 2015. Em 2018, paciente mantem-se em remissão, demonstrada por exames laboratoriais. DISCUSSÃO: Não há dúvidas sobre o impacto psicossocial que o diagnóstico de câncer infantil causa no paciente e em sua família, especialmente no que diz respeito ao tratamento quimioterápico e à necessidade de hospitalização muito frequente. O paciente está dentro de uma realidade que inclui o saber lidar com dores físicas, medo e efeitos colaterais das medicações, redução de atividades de lazer, interrupção das atividades escolares, entre outras.