Introdução:
A busca constante pela qualidade do tratamento no paciente hospitalizado permite otimizar a terapia medicamentosa. Os cuidados farmacêuticos na pediatria são fundamentais devido às particularidades desta população e suscetibilidade aos efeitos adversos.
Objetivo:
Detectar a frequência e os tipos de intervenções farmacêuticas na internação pediátrica de um hospital universitário de alta complexidade.
Métodos:
Estudo transversal incluindo pacientes da internação pediátrica, entre 0 a 18 anos, internados em um hospital de alta complexidade da Região Sul do Brasil em um período de 1 ano (segundo semestre de 2017 e primeiro semestre de 2018). Os dados foram coletados a partir dos registros das intervenções farmacêuticas durante o período estudado.
Resultados:
Foram realizadas 624 intervenções farmacêuticas no período de um ano. Destas, 164 (26,28) correspondem a ajustes nas doses dos medicamentos relacionados à subdose ou sobredose e 98 (15,7) aos medicamentos de uso prévio do paciente cuja prescrição de internação não está em concordância com o uso domiciliar. O medicamento com mais intervenções realizadas foi a dipirona (35), seguido do omeprazol (26). Do total das intervenções, somente 4,96 não tiveram adesão pelo prescritor.
Conclusão:
Considerando que todos os erros são evitáveis, o farmacêutico pode contribuir para a promoção e segurança do uso correto e racional dos medicamentos na internação hospitalar. O farmacêutico clínico colabora para a efetividade do tratamento e conhecimento da equipe multiprofissional e da família acerca dos medicamentos. Com as informações deste estudo verificou-se os medicamentos com mais intervenções realizadas, sendo possível a construção de manuais farmacoterapêuticos para consulta com intuito de otimizar a qualidade da prescrição médica e reduzir as intervenções farmacêuticas.