HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TARDIA: CAUSA DE SIBILANCIA RECORRENTE

Introdução: Após três ou mais episódios de sibilância na infância ou um episódio com duração de trinta dias considera-se lactente sibilante. Várias podem ser as causas, sendo que a asma, apesar de mais comum, deva ser diagnóstico de exclusão. Dentre as anormalidades intrínsecas queremos destacar a hérnia diafragmática, pois seu diagnóstico nem sempre é descartado nos casos de sibilância recorrente. Nos casos de manifestação tardia, a radiografia de tórax é um elemento fundamental para diagnóstico, podendo também fazer ser um achado casual. Mas também pode mimetizar outras patologias, levando a um diagnóstico errôneo e consequentemente aumento da morbimortalidade. Objetivo: Rever causas de sibilância em lactentes jovens e relacionar o diagnóstico tardio de hérnia diafragmática com sibilância recorrente. Método: Revisão bibliográfica sistemática utilizada bases de dados de Medline, Lilacs, Ibecs, Cumed e arquivos em publicações em periódicos e livros textos teóricos. Discussão: Foram levantados artigos que descrevem três casos de pacientes pediátricos com história de broncopneumonia de repetição e realização de medidas invasivas iatrogênicas, como dreno de tórax, quando na verdade o diagnóstico inicial era a hérnia diafragmática tardia que simulava quadro infeccioso, derrame pleural ou pneumotórax. Apenas um estudo mostra que a taxa de readmissão por sibilância em lactentes com hérnia diafragmatica congênita é alta. Conclusão: A identificação tardia de uma hérnia diafragmática em pacientes com internações repetitivas de sibilância recorrente e sem melhora, aumenta a morbidade clínica, podendo ocorrer disfunção respiratória crônica, hospitalizações sucessivas e utilização de antibioticoterapia.