FATORES DE RISCO PARA PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL EM RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO

Introdução: A Persistência do Canal Arterial (PCA) acarreta alterações hemodinâmicas significativas na circulação sistêmica e pulmonar do recém-nascido pré-termo (RNPT), logo se faz necessária a compreensão dos fatores de risco para o aprimoramento da atenção e melhor prognóstico.
Objetivo: Identificar os fatores de risco para o diagnóstico de PCA em RNPT.
Método: Estudo transversal retrospectivo de análise documental com amostra de 93 prontuários. Foram incluídos os recém-nascidos (RN) com idade gestacional menor que 37 semanas, nascidos no período de julho a dezembro de 2017 em um hospital de referência para alto risco no Estado de São Paulo e excluídos prontuários incompletos.
Resultados: Dos 93 prontuários analisados, 30 (32,2) eram de RNPT que apresentaram diagnóstico clínico de PCA. Como fatores incidentes no grupo com PCA obtivemos o parto cesariano, gênero masculino, prematuridade, baixo peso ao nascer e média de Apgar de quinto minuto de vida 5,0+1,0. Não caracterizou risco: idade materna, número de gestações, número de partos, número de abortos, uso de corticoide durante a gestação, abstinência de álcool e drogas ilícitas, patologias maternas e tratamentos medicamentosos adotados durante gestação. Como fator protetor observou-se a ausência de patologias maternas.
Conclusões: Conhecer os fatores de risco para a PCA permite o planejamento adequado para a promoção da saúde e prevenção de agravos mediante a identificação precoce de gestações onde RN apresentem maior probabilidade para a doença, favorecendo a assistência rápida e de qualidade.