EVOLUÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE VITAMINA D EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS HOSPITALIZADOS

Objetivo: Descrever as concentrações e a frequência de deficiência de 25(OH)D em RNPT com menos de 32 semanas e/ou 1500 g ao nascimento e ao atingirem o termo (37 a 40 semanas). Relacionar as concentrações de 25(OH)D dos RNPT com as maternas, com os níveis de paratormônio, cálcio, fósforo e fosfatase alcalina. Método: Por meio de estudo prospectivo e longitudinal foram incluídas, entre dezembro de 2015 a junho de 2017, 34 duplas – mães e seus RNPT. As dosagens laboratoriais de 25(OH)D, paratormônio, cálcio, fósforo e fosfatase alcalina foram realizadas no momento do parto (MOMENTO 1), da mãe por venopunção periférica e do RNPT pela coleta de sangue da veia umbilical, e por venopunção periférica do RNPT (3 mL) quando ele atingia o termo (37 a 40 semanas) (MOMENTO 2). Resultados: o grupo de mães de RNPT foi, predominantemente, composto por mulheres de etnia parda, que não se expunham regularmente ao sol e não recebiam suplementação de vitamina D. A principal intercorrência durante a gestação e que se relacionou com a prematuridade foi a doença hipertensiva específica. Em relação aos RNPT a média do peso ao nascer e idade gestacional foi 1256±305,5 gramas e 30,2±2,3semanas, respectivamente. Todos estavam recebendo leite materno, suplementação de ferro (1 a 4 mg/kg/dia) e vitamina D (400 a 800 UI/dia) na coleta do MOMENTO 2. Valores de 25(OH)D inferiores a 20 ng/mL foram observados nas mães em 21 (61,8), no cordão umbilical 18 (52,9) (MOMENTO 1) e no RNPT 0 (0,0) (MOMENTO 2). Conclusões: As concentrações de 25(OH)D em RNPT relacionam-se com as maternas. Ao nascimento observa-se elevado percentual de valores compatíveis com deficiência ( 20 ng/dL). Entretanto, quando atingiram 37 a 40 semanas nenhum RNPT apresentou valores 20 ng/dL. Tais achados sugerem diferenças entre o metabolismo de vitamina D na gestante e no RNPT.