Introdução: A epilepsia é uma das desordens neurológicas mais prevalentes, sendo caracterizada pela propensão à recorrência de crises epilépticas não provocadas. Ademais, está associada a múltiplas comorbidades, principalmente, aquelas que comprometem o desempenho: social, emocional e cognitivo dos pacientes. Dessa forma, percebe-se que o prognóstico demanda um cuidado multiprofissional capaz de identificar as diversas etiologias e promover um tratamento longitudinal e total. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa da literatura acerca da epilepsia infantil, abordando suas etiologias e consequências na qualidade de vida do binômio família-paciente. Método: Foi realizada uma busca de artigos científicos nos bancos de dados Scielo, MedLine e PubMed utilizando como descritores ´Epilepsia´, ´Pediatria´, ´Etiologia´ e Qualidade de Vida e seus correspondentes em inglês, com auxílio do operador booleano ´´And´. Sendo selecionados os que abordaram adequadamente o tema em pauta. Resultados: Sabe-se que as variáveis etiológicas da epilepsia podem resultar de fatores estruturais, genéticos, infecciosos, metabólicos, imunológicos ou desconhecidos. Junto a isso, estão diretamente associadas a características como: idade e tipos de síndromes epilépticas. Essas sendo categorizadas em quadros: generalizados, focais ou desconhecidos. A fim de potencializar o prognóstico, as possibilidades terapêuticas incluem alternativas farmacológicas de medicamentos anti crise epiléptica e, para os casos mais graves, cirurgia. Nota-se, além disso, que a legitimação dos aspectos psicossociais da doença é tão importante quanto a dos demais, para evitar o sofrimento e a deterioração da qualidade de vida dos pacientes. Com o intuito de valorizar tal aspecto, diversos estudos aplicaram questionários específicos para medição da qualidade de vida nos familiares e, por conseguinte, identificaram a carência do cuidado holístico sobre a doença. Conclusão: Conclui-se que a diversidade etiológica da epilepsia infantil demanda tratamento clínico ou cirúrgico adequado para o controle das crises. E, que os aspectos psicossociais são, da mesma forma, imprescindíveis na promoção do atendimento integral do binômio família-paciente.