EPIDEMIOLOGIA DAS LEUCEMIAS AGUDAS PEDIÁTRICAS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA ONCO-HEMATOLÓGICO

Introdução: A incidência de câncer em crianças e adolescentes é baixa em relação a outras doenças, mas tem ocupado maior espaço pelo alto índice de mortalidade. A leucemia é a neoplasia maligna infanto-juvenil mais frequente (SILVA,2002). Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico, as taxas de sobrevidas, a idade ao diagnóstico e a mortalidade das leucemias pediátricas em um serviço de referência onco-hematológico do Estado de São Paulo. Método Estudo clínico/epidemiológico, observacional, retrospectivo e descritivo. Foram incluídos 64 casos de pacientes com leucemia linfoide aguda e leucemia mieloide aguda, diagnosticados entre 2013 e 2018, com idade menor que 18 anos na admissão. Resultados: Entre os 67 os pacientes que apresentaram leucemias agudas durante o período estabelecido, 2 pacientes foram excluídos do estudo por serem transferidos para outro serviço durante o tratamento e 1 não apresentou diagnóstico definitivo antes do óbito, restando assim 64 pacientes para o estudo epidemiológico. Destes, 40,6 são do sexo feminino e 59,4 do sexo masculino. Quanto a faixa etária, 1,5 tinham menos que 1 ano, 50 tinham entre 1 e 9 anos e 48,5 maior que 9 anos. A taxa de óbito foi de 40,6, sendo que a maioria dos pacientes foram classificados como risco alto ou intermediário na admissão. Conclusão: Neste estudo a maioria dos pacientes é do sexo masculino e faixa etária entre 1 ano a 10 anos. A sobrevida global média é de 29,7 meses, a média de sobrevida livre de doença é de 11 meses e a média de sobrevida livre de eventos é de 28,4 meses. O tipo mais frequente e com melhor prognóstico dentre as leucemias agudas na pediatria é a leucemia linfoide aguda.