ENSINO DE HABILIDADES CRÍTICAS E GERENCIAMENTO DE CONDIÇÕES DE SEGURANÇA PARA AUMENTO DA COOPERAÇÃO DO PACIENTE COM TEA EM EXAMES MÉDICOS E ODONTOLÓGICOS

Comportamentos desafiadores e problemáticos relacionados a consultas pediátricas médicas e odontológicas são frequentes e generalizados, especialmente com crianças com distúrbios do desenvolvimento (Slifer et al. 2008). O objetivo dessa pesquisa foi verificar o efeito da aquisição de habilidades críticas para o contexto combinadas com estratégias não-invasivas para manutenção de comportamentos apropriados e seguros. Todas as sessões de ensino e as consultas e exames foram filmadas. As sessões de ensino foram realizadas uma vez por dia, de segunda a sexta-feira, durante 10 dias. O participante da pesquisa tem 9 anos de idade, diagnóstico de TEA, histórico de se auto lesionar durante as consultas médicas e odontológicas e de ter sido submetido ao uso de medicamentos e de equipamentos mecânicos para restringirem os seus movimentos durante o período das consultas e exames. Foi utilizado um delineamento de linha de base múltipla com múltiplos elementos para comparar os efeitos dos procedimentos. Durante a linha de base (LB) o nível de cooperação ficou abaixo de 10, sendo que após atingir o critério de aprendizagem das habilidades críticas, o nível de cooperação foi de 85 a 100. O nível de cooperação foi de 100 nas condições de exames e consultas com o uso combinado das estratégias para manter os comportamentos apropriados e seguros. Os procedimentos não envolveram componentes aversivos, podem ser facilmente implementados por pais e profissionais da área médica e excluiu a necessidade do uso de medicamentos ou equipamentos mecânicos. No entanto, não esta claro se é possível implantar o uso de estratégias de prevenção sem a aquisição de comportamentos críticos para o contexto médico e odontológico.