EDEMA CEREBRAL NA CETOACIDOSE DIABÉTICA – ABORDAGEM E TRATAMENTO

INTRODUÇÃO:
A cetoacidose diabética (CAD) é um distúrbio metabólico agudo grave causado por
deficiência insulínica que gera hiperglicemia, perdas hidroeletrolíticas graves, acidose
metabólica, hiperosmolaridade plasmática e cetose. Atualmente, é a principal causa de
morbidade e mortalidade em crianças com diabetes tipo 1, com uma taxa de letalidade
relevante em países desenvolvidos.
As principais complicações são: hipoglicemia, arritmia cardíaca causada por distúrbios
eletrolíticos, hipocalemia, fenômenos trombóticos periféricos (em virtude da
hemoconcentração) e edema cerebral, este último, mais temido e mais grave.
OBJETIVO: abordar sobre a importância de um diagnóstico precoce de edema cerebral em
paciente diabéticos com quadro de cetoacidose.
MÉTODO: revisão bibliográfica de artigos publicados e literatura vigente.
DISCUSSÃO:
O edema cerebral é uma consequência incomum, mas devastadora da CAD. Mais
comum em crianças, principalmente naquelas que apresentam CAD grave e seus sintomas
podem estar presentes antes do início da terapia ou durante o tratamento. Na maioria,
aparentes nas 12 horas após o início da terapia e, raramente, após 24 horas.
Fatores de risco importantes para lesão cerebral são: Acidose grave, Aumento do nitrogênio
ureico no sangue, Menor pressão parcial inicial de dióxido de carbono, Idade jovem (< 5 anos), Diabetes de início recente e o uso de bicarbonato para correção de acidose.  Sugerimos tratamento imediato para pacientes com qualquer um dos seguintes: Um critério de diagnóstico, Dois critérios principais, Um critério maior e dois critérios menores, Um critério maior e um menor (para crianças menores de cinco anos) CONCLUSÃO: O tratamento deve ser iniciado assim que o distúrbio for diagnosticado, com base nos critérios. A lesão cerebral não tratada tem uma alta taxa de mortalidade e morbidade, e o tratamento com um agente hiperosmolar (manitol ou solução salina hipertônica ) é benéfico.