Introdução:
Anafilaxia é causa potencial de morte em crianças. O conhecimento do pediatra é fundamental ao prognóstico.
Objetivos:
Avaliar o conhecimento de pediatras que trabalham na emergência sobre diagnóstico e tratamento da anafilaxia.
Métodos:
Estudo transversal através de questionário com dez perguntas objetivas sobre diagnóstico e tratamento da anafilaxia. Convidados pediatras de um hospital público municipal em abril/2017.
Resultados:
Cinquenta de 51 pediatras participaram da pesquisa. A média de acertos foi de 6,32 e a mediana de 7 (mínimo 2 e máximo 10). Houve reconhecimento adequado dos pediatras sobre a droga de escolha para iniciar o tratamento da anafilaxia e choque anafilático (adrenalina) em 96 e 92 das situações respectivamente.
Sobre a via de administração da adrenalina (intra muscular vasto lateral da coxa), a adequação das respostas foi de 64. Em relação à dose da adrenalina, 70 responderam corretamente (0,01 mg/kg por dose), porém o conhecimento sobre dose máxima (300 956,g crianças e 500 956,g adultos) foi de 44. O reconhecimento das apresentações disponíveis de adrenalina auto-injetável para crianças (150 e 300 956,g) foi ainda menor, 40.
Quando questionado sobre o tempo para se manter a criança em observação após estabilização inicial (6 a 24 horas), 54 responderam o período adequado. Ao perguntar o intervalo para a segunda dose da adrenalina caso necessária, 38 responderam corretamente (5 a 10 minutos). Foi questionado sobre terapias adjuvantes no tratamento do choque anafilático além da adrenalina (Antihistamínicos, expansão, posição de trendelemburg) com 74 de acertos. Sobre a droga que auxilia na prevenção do rebote, 60 responderam corretamente (corticosteroides).
Conclusões:
Há dificuldade principalmente em reconhecer a dose máxima, a dose da adrenalina auto-injetável e o tempo necessário para se repetir a adrenalina, o que aumenta o risco de superdosagem e seus efeitos adversos.