DESENVOLVIMENTO DE UMA INCUBADORA SENSORIAL PARA PRÁTICAS MÉDICAS COM O ROBÔ PREMATURE ANNE E ANÁLISE DAS POSSIBILIDADES DE SUA TRANSFORMAÇÃO EM PRODUTO

Introdução: Embora o Brasil tenha assumido metas para reduzir taxas de mortalidade infantil, especialmente em recém-nascidos, é necessário investimentos em recursos, como a Incubadora Neonatal, para que isso ocorra. Objetivo: Este estudo tem como objetivo apresentar a criação de um protótipo de Incubadora Neonatal Sensorial, para fins acadêmicos e uso em ambiente hospitalar, que permita melhora da qualidade de vida de neonatos e aprimoramento da formação de estudantes de Medicina e cursos da área da Saúde. Métodos: O projeto da Incubadora Neonatal Sensorial foi planejado e desenvolvido num contexto interdisciplinar e multidisciplinar, envolvendo alunos e professores dos cursos de Medicina e Ciência da Computação. Para modelagem do protótipo foi realizada revisão da literatura, pesquisa de campo em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e entrevistas com profissionais dessa área, para coletar demandas em relação à incubadora. Por fim, o protótipo foi submetido a testes-piloto, usando o robô-manequim Premature Anne, que oferece uma plataforma realista capaz de monitorar variáveis como temperatura corporal, temperatura do ambiente, frequência cardíaca e frequência respiratória. Resultados: Os testes permitiram simular condições próximas da realidade, considerando as variáveis disponíveis. Através dos resultados preliminares, foi possível ajustar o protótipo, passando à fase evolutiva, visando aprimoramento para uso acadêmico. É possível prever a utilização da incubadora em ambientes hospitalares, principalmente pela possibilidade de desenvolver um equipamento de baixo custo, se comparado aos existentes no mercado. Conclusão: O projeto permitiu uma melhor compreensão do funcionamento da incubadora e dos problemas decorrentes do uso, principalmente no contexto das UTIN brasileiras e da realidade das unidades hospitalares em todo o país. É fundamental que se desenvolva um equipamento economicamente viável, para fins acadêmicos e para utilização em UTIN, permitindo que mais neonatos recebam melhores tratamentos, reduzindo o déficit desses equipamentos, especialmente na rede pública de atenção à saúde.