CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE MEDICINA SOBRE SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA PREVIAMENTE À IMPLANTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO DE ENSINO

Introdução: O Suporte Básico de Vida (SBV) é uma série de manobras iniciais de salvamento à vítima até a chegada da equipe de emergência, especialmente na Parada Cardiorrespiratória (PCR) e na obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE), conforme Bastos (2020). Conforme Pazin-Filho et al (2017) e Santos et al (2021), laboratórios de simulação, nesse contexto, tornam-se essenciais para consolidar os conhecimentos dos graduandos, posto que a principal vantagem consiste em treinamentos realísticos para lidar com tais situações. Objetivo: Investigar o conhecimento sobre SBV por parte de acadêmicos de medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus Marabá. Método: Estudo transversal realizado por meio de questionário anônimo contendo 3 perguntas acerca da realização prévia de treinamento em SBV com certificação, treinamento prévio e segurança no manejo da PCR e OVACE em bebês/crianças, respectivamente. A população foi de 122 acadêmicos de medicina da UEPA Marabá e a coleta se deu via Google Forms. Os dados foram tabulados pelo Excel, com aplicação de análise estatística descritiva simples. Resultados: Do total, 73,8% (90) dos acadêmicos não possuíam capacitação certificada em SBV, ao passo que 45,9% (56) negaram participação em qualquer treinamento sobre abordagem da PCR em bebês/crianças. Quanto à segurança autorrelatada para manejar OVACE em bebês/crianças, apenas 29,5% (36) julgaram-se capazes de atender adequadamente. Conclusão: Identificou-se que a maioria dos acadêmicos de medicina demonstraram ter um conhecimento incipiente sobre SBV, semelhante ao estudo de Rosa et al (2020), no qual apenas 28% dos acadêmicos conheciam a sequência de atendimento do SBV. A partir desses resultados foi programado o treinamento de todas as turmas do curso de medicina, através do Laboratório de Suporte Básico de Vida que foi implantado em 2022 na UEPA, visto que esses futuros profissionais devem estar preparados para atuar no atendimento inicial de todas as situações de emergência.