CENÁRIO DE EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA PÓS PANDEMIA COVID 19: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE UM NOVO SERVIÇO.

Introdução: O retorno completo às atividades escolares, extracurriculares e aos eventos, desencadeou um aumento progressivo de visitas a emergência em 2022, de crianças e adolescentes. A análise do perfil epidemiológico dessa demanda pós pandêmica é importante para a estruturação de serviços de emergência. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico de um novo serviço de emergência pediátrica no cenário pós pandêmico. Métodos: Estudo observacional transversal retrospectivo de atendimentos de emergência pediátrica (0-18 anos) realizados de 01/05/2022 a 31/10/2022. Resultado: Número de atendimentos por mês: 928-maio, 1020-junho, 944-julho, 746-agosto, 771-setembro, 1004-outubro. Distribuição de atendimentos por nível de urgência, pelo sistema informatizado de classificação de risco (CLARIPED): 0%-Vermelho (emergência), 7%-Laranja (muito urgente), 46%-Amarelo (urgente), 40%-Verde (pouco urgente): 7%-Azul (sem urgência). Taxas de internação por mês: 1,6% – maio, 1,8% – junho, 1,7% – julho, 1,9% – agosto, 1,2%-setembro, 1,1%-outubro. A distribuição por faixa etária foi: 17% 0-1 ano, 45% 2-5 anos, 26% 6-12 anos e 12% 13-17 anos, sendo 48% do sexo feminino e 52% do sexo masculino. Perfil epidemiológico por CID: As infecções de vias aéreas superiores (IVAS) corresponderam a 46% dos atendimentos, traumas 16%, náusea/dor abdominal/diarreia 11%, febre 9%, asma/ broncoespasmo 9%, pneumonia 2%. A taxa de realização de exames foi 12,3% para exames de imagem e 22,1% para exames laboratoriais.
Conclusão: Foi observado uma variação do número de atendimentos ao longo dos meses, com maior prevalência de pacientes pré-escolares (45%), seguido por escolares (26%). Os pacientes classificados como urgentes e muito urgentes representaram um total de 53%, destes 46% amarelos e 7% laranja. 12,3% dos pacientes necessitaram de exames de imagem e 22,1% de exames laboratoriais. O principal diagnóstico foram as IVAS, correspondendo a 46% do total de atendimentos e a taxa média de internação foi 1,5%.