CASO CLÍNICO: SÍNDROME HEMOLÍTICO URÊMICO TÍPICA EM PACIENTE PEDIÁTRICO DE 10 ANOS.

INTRODUÇÃO: A Síndrome Hemolítico Urêmico (SHU) é caracterizada pela tríade: anemia hemolítica, trombocitopenia e insuficiência renal. Ela pode ocorrer devido a doenças sistêmicas ou ação de toxinas, podendo também ser idiopática. Se apresenta em duas formas, típica e atípica.¹ DESCRIÇÃO DO CASO: H.A.C, 10 anos, deu entrada ao serviço de pronto-atendimento em 08/12/18, com vômitos, diarreia, dor abdominal, febre, palidez, hematúria maciça e história familiar de gastroenterite há 6 dias. Ao exame físico, encontrava-se hipocorado ++/4+, desidratado e fígado palpável a 3 cm do rebordo costal direito. Os exames laboratoriais mostraram hemoglobina 8 g/dL, hematócrito 22,1, plaquetas 35150/mm3, creatinina 2,28 mg/dL, ureia 128,1 mg/dL. Internou-se o paciente e em 09/12/18, deu-se início a furosemida 0,5mg/kg/dose, 4 vezes ao dia, hidratação venosa e transfusão de concentrado de hemácias. Foi encaminhado a UTI pediátrica, onde seus exames apresentaram queda nas plaquetas (20000/mm³) e na hemoglobina e aumento nas escórias renais (creatinina: 4,03 mg/dL e ureia 180 m/dL). Realizado concentração de hemácias (10mg/kg) por 4 vezes, além de plasma fresco e concentrado de plaquetas, e o início de diálise peritoneal em 11/12/18, evoluindo com melhora do quadro clínico e laboratorial, obtendo alta da UTI em 21/12/18. DISCUSSÃO: O tratamento de suporte, em 70 das crianças, é suficiente para a recuperação. Este inclui controle hidroeletrolítico e metabólico, tratamento de substituição renal,

quando indicado, além de correção da anemia e plaquetopenia¹. Isso justifica o emprego, no caso, do concentrado de hemácias, hidratação venosa e diurético. Entretanto, com a evolução da plaquetopenia, aumento das escórias renais e involução dos sintomas, fez-se necessário o concentrado de plaquetas e diálise peritoneal, acarretando em posterior melhora da criança. CONSIDERAÇÕES FINAIS: SHU é uma doença grave, sendo um dos responsáveis por falência renal aguda na população pediátrica, por isso, seu diagnóstico correto é de extrema importância.