CARDIOPATIA CONGÊNITA EM PACIENTE PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN

Introdução: A Síndrome de Down representa o distúrbio congênito múltiplo mais frequente entre a população, sendo registrado 1 a cada 650 nascidos vivos. Destes, cerca de 40-50 apresenta cardiopatia congênita, sendo a mais prevalente a comunicação interatrial. A Tetralogia de Fallot, patologia encontrada no relato de caso, possui uma prevalência de 2. Relato de Caso: Paciente gemelar nascido com estigmas de Síndrome de Down, após ecocardiografia recebeu o diagnóstico de Tetralogia de Fallot com boa anatomia, permaneceu internado durante 3 meses e evoluiu com melhora, sendo feita programação cirúrgica após 1 ano e 9 meses. Discussão: A Tetralogia de Fallot tem como seus componentes defeito septal interventricular, estenose valvar pulmonar, dextroposição aórtica e hipertrofia ventricular direita. Estudos correlacionam a maior incidência de cardiopatias congênitas em portadores da Síndrome de Down. Além disso, existe uma íntima relação entre gestações gemelares e malformações congênitas, sendo duas vezes mais incidentes em relação às gestações únicas. Portanto, o paciente relatado apresentava fatores predisponentes importantes para a ocorrência de malformação congênita. O diagnóstico tardio desta patologia implica em graves consequências ao paciente. O tratamento preferencial para a Tetralogia de Fallot é a cirurgia para correção total e o ideal é que seja realizada nos primeiros meses de vida. Conclusão: A alta incidência associada a suspeita clínica de cardiopatias congênitas em portadores da Síndrome de Down permite o diagnóstico e terapêutica precoces. No caso apresentado, o paciente foi diagnosticado em sua primeira semana de vida com Tetralogia de Fallot, o que possibilitou um tratamento de suporte e programação cirúrgica adequada, prevenindo complicações futuras.