A assistência à saúde da criança tem um papel importante e, pode fazer a diferença para o crescimento e desenvolvimento infantil, bem como na prevenção de agravos futuros à saúde do adulto. As influências de um modelo centrado em pronto-atendimento e consultas em locais de maior tecnologia dura ainda é um desafio para a ampliação do cuidado na atenção primária em saúde. Objetivo: caracterizar a utilização dos serviços do Pronto Socorro Infantil (PSI), das crianças do Centro de Saúde Escola de Botucatu (CSE). Estudo descritivo retrospectivo, com levantamentos de registros em prontuários. Incluída uma amostra de conveniência de 173 lactentes e crianças, com até dois anos incompletos, com ao menos um atendimento no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Dados: escolaridade materna, idade nas consultas no CSE e na Clínica do Bebê (CB), local de realização do teste de triagem neonatal e da BCG. Avaliados o número e tipos de consultas realizadas, das consultas do PSI foi realizada classificação de adequação quanto ao período/dia e quanto à urgência/emergência da queixa. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, analise estatística realizada. Resultados: Total de 1388 consultas no CSE-UVL e de 1216 no PSI, O seguimento no PSC foi adequado para 57,23 das crianças, significante o bom nível de escolaridade materna e o adequado número de consultas realizadas (p0,001). No PSI a média de consultas foi 9,07 com mínimo de 01 e máximo de 54 consultas, a adequação da sua utilização quanto ao período e a queixa, segundo classificação adotada, somente 7,14 foram consideradas adequados quanto a estes dois critérios, com nível de concordância Kappa pobre. Conclui-se que o CSE perdeu seu papel como principal contato e organizador da assistência no SUS , devido à dificuldade no acesso e à ruptura do vínculo com a Unidade, sendo assim, subutilizado.
Sociedade de Pediatria de São Paulo
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