As Infecções das Vias Aéreas Superiores (IVAS) agudas tem importância epidemiológica pois são frequentemente encontradas na clínica pediátrica, conhecer suas características sociodemográficas poderá auxiliar no processo de prevenção e tratamento dessas doenças. Objetivou-se verificar as características sociodemográficas de pacientes com IVAS aguda na clínica pediátrica tais como sexo, idade, estação do ano. Estudo epidemiológico com delineamento transversal, em hospital de município da região metropolitana de Porto Alegre/ RS, por meio de análise de prontuários de março de 2017 a junho de 2021. A prevalência para IVAS aguda em relação ao sexo feminino foi de 51,51% e de 48,86% para o masculino. Observou-se a prevalência de sinusite aguda no sexo feminino (58,62%) e de laringite aguda no masculino (60,68%). Em relação às fases da infância: houve prevalência de gripe na adolescência (49%), resfriado comum e otite média aguda nos lactentes (56,6% e 55,78%), sinusite aguda (42,51%) e rinites (46,42%) na idade escolar, tonsilite e faringite aguda, nas fases pré e escolar (34,26% e 33,33%), (33,19% e 32,97%), laringite aguda na fase do lactente (42,30%) e na pré-escolar (35,47%). Os lactentes representaram o maior número de casos (34,90%). De acordo com a classificação das IVAS agudas, as que obtiveram prevalência no inverno: sinusite aguda (49,18%), resfriado comum (38,78%), faringite aguda (37,47%) e laringite aguda (34,73%), respectivamente. A gripe destacou-se com 57,85% no outono. A tonsilite com 32,35% na primavera e 27,19% no verão. A otite média aguda com 34,25% na primavera e 33,33% no inverno. A rinite na primavera e no inverno, ambas atingindo 31,94% dos casos. 36,35% dos casos de IVAS aguda de modo geral ocorreu no inverno, 26,21% no outono, 23,35% na primavera e 14,07% no verão. Recomenda-se novos estudos no intuito ampliar a prevenção e o tratamentos dessas patologias.
Sociedade de Pediatria de São Paulo
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